quarta-feira, 28 de julho de 2010

Saiu hoje na Folha de São Paulo!

Teens fazem mais cirurgias da obesidade

Adolescentes representam 5% das 30 mil reduções de estômago realizadas aqui; médicos divergem sobre indicação

Tendência é o aumento desse público, dizem especialistas; riscos do procedimento a longo prazo são ignorados

IARA BIDERMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A indicação de cirurgia para obesidade em adolescentes está crescendo no Brasil, mas ainda está longe de ser consenso entre especialistas.
Cinco por cento dessas operações já são feitas em menores de 20 anos. Em 2009, foram realizadas 30 mil cirurgias bariátricas no país, segundo Thomas Szego, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
Explicam essa alta tanto o aumento da obesidade na população quanto o aperfeiçoamento das técnicas que tornaram o método mais seguro, de acordo com Szego.
Como a legislação brasileira só permite a cirurgia a partir dos 16, esse número poderia ser ainda maior.
Para uma parte dos especialistas, aumentar as indicações é uma tendência.
"Vamos discutir as diretrizes no próximo encontro brasileiro de endocrinologia pediátrica", conta Paulo César Alves da Silva, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Um dos pontos mais polêmicos sobre a cirurgia em menores de 20 anos é a falta de dados sobre os efeitos a longo prazo. "Isso a gente não sabe, mas sabemos dos riscos da obesidade. A cirurgia é uma opção que vale a pena", afirma Silva.
As normas brasileiras determinam que a cirurgia só pode ser feita em casos de Índice de Massa Corporal acima de 40 e com a presença de doenças associadas como diabetes, hipertensão etc.
A equipe médica e os pais ou responsáveis devem assinar um documento declarando que concordam com o procedimento.
Para Arthur Belarmino Garrido Jr., coordenador da Unidade de Cirurgia da Obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, os riscos da cirurgia em adolescentes são similares aos dos adultos.
Porém, há médicos que apontam para características específicas dessa faixa etária que complicam o tratamento cirúrgico da obesidade.

DOENÇA CRÔNICA
"A pessoa ainda está em fase de crescimento e podemos estar trocando uma doença crônica [a obesidade] por outra [desnutrição], sem saber o que vai acontecer mais tarde", pondera Rosana Radominski, presidente da Abeso (Associação Brasileira para Estudos da Obesidade e da Síndrome Metabólica).
"Mutilar o aparelho digestivo em quem está em crescimento não é bom. Antes de partir para a cirurgia, eu tentaria o tratamento clínico para emagrecer pelo menos duas vezes", afirma o pediatria e nutrólogo Fábio Ancona Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
As questões psicológicas de uma operação que promove o emagrecimento ultrarrápido são ainda mais importantes na adolescência.
"Essa é a idade em que se manifestam vários distúrbios psiquiátricos, especialmente os transtornos alimentares. É perigoso reduzir o estômago se o problema de base não for tratado", analisa o psiquiatra Carlos Henrique Rodrigues dos Santos, do Grupo de Doenças Afetivas do Hospital das Clínicas de São Paulo.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd2807201001.htm

terça-feira, 27 de julho de 2010

Prevenindo a osteoporose

Para melhorar a qualidade de vida e manter-se saudável, o ideal é ter sempre equilíbrio e prevenir doenças, inclusive a osteoporose.

A osteoporose é uma epidemia silenciosa que pode ser combatida. É uma doença que não envolve apenas a velhice, como é comum pensar. A infância também é determinante na sua evolução e a prevenção deve começar desde cedo. A massa óssea depende do pico atingido na adolescência e início da vida adulta, e esse pico depende da nutrição e atividade física desde a primeira infância. Se a alimentação é deficiente, a perda de massa óssea já começa de um patamar mais baixo... 

Entendendo o processo

Para entender como a osteoporose acontece, é importante entender o metabolismo ósseo.
Nossos ossos armazenam quase todo o cálcio do organismo, apenas 1% do cálcio está livre circulando. Quando o corpo precisa de cálcio, retira dos ossos. Uma boa explicação para entender como isso funciona foi dada pelo Dr. Luiz Henrique de Gregório, vice-presidente do Departamento de Metabolismo Ósseo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM): "São milhares de unidades de remodelação óssea, enquanto uma célula destrói a outra reconstrói. É como um queijo. As células são ratinhos que comem pequenos pedaços. Em seguida, vem outro (ratinho construtor) e tapa esse mesmo buraco, formando um queijo novo.
A osteoporose é o desequilíbrio desse processo, a remodelação não consegue acompanhar a velocidade da absorção, deixando o osso frágil. A destruição supera a reconstrução. Se uma quantidade suficiente de cálcio for armazenada ao longo da vida, essa perda será superada." 

Alimentação

A melhor fonte de cálcio é o leite e seus derivados. A ingestão ideal varia de acordo com a faixa etária.
Valores recomendados pela Food and Nutrition Board (1997)  para o consumo diário:

Idade
Cálcio (mg)

3-8
800

9-17
1300

18-50
1000

51-70
1200

> 70
1200


 1 copo de leite = 250mg de cálcio, 1 copo de iogurte = 300mg e 1 fatia de queijo = 300mg

Mas, ultimamente, a dieta dos jovens tem mudado bastante, trocando o leite e derivados por refrigerantes e sucos industrializados. Pesquisas feitas nos Estados Unidos mostram que só 35% dos adolescentes consomem o mínimo diário necessário de cálcio.
É fundamental corrigir os hábitos alimentares dos jovens e estimular a ingestão de laticíneos, protegendo-os do risco de fraturas no futuro. E os adultos e idosos também deve atentar à quantidade ingerida, para evitar perdas também nessa fase. 

Exposição solar

O sol é uma das principais fontes de vitamina D do organismo e um dos itens importantes para a prevenção da osteoporose. Para que haja uma produção adequada de vitamina D, o ideal é uma exposição ao sol de 15 a 20 minutos ao dia, sem protetor solar. E o organismo não acumula os efeitos dos raios solares, a exposição deve ser diária.
Poucos alimentos também podem ser fonte de vitamina D, como peixes, mas a quantidade é muitíssimo pequena.

O maior problema na produção de vitamina D, atualmente, é o uso excessivo de filtros solares e a pouca exposição ao sol. A maioria dos jovens passa mais tempo em casa, atrás do computador ou televisão, e não ao ar livre, dando ao corpo a chance de produzir vitamina D. 

A vitamina D é essencial para facilitar a absorção de cálcio no intestino, controlando o metabolismo ósseo, mas também é importante para manter a força muscular, diminuindo o risco de quedas. 

Atividade Física

A atividade física também é essencial à formação da massa óssea. É como se ao fazer uma atividade de impacto ocorressem microfraturas no esqueleto, que estimulam o processo de remodelação óssea, levando à formação de ossos mais fortes. Alguns exercícios são melhores que outros, de acordo com o impacto. A natação não é o exercício mais indicado para a osteoporose, a água elimina o impacto que provoca os microtraumas. Mas ajuda de qualquer maneira, porque melhora a força muscular, a coordenação motora e o equilíbrio, diminuindo as quedas.

Se o indivíduo não faz atividade na infância ou adolescência também não formará um bom pico de massa óssea, porque não estimula essa atividade no organismo. Na fase adulta, as atividades físicas regulares funcionam como prevenção de perda. Quem é sedentário perde mais massa óssea.

Assim como o sol, os efeitos da prática da atividade física também não são cumulativos. Pesquisas comprovam que mesmo os atletas que param totalmente suas atividades não serão beneficiados em relação à prevenção da osteoporose.




A prevenção de doenças é a melhor maneira de manter sua qualidade de vida e ser sempre feliz! Mudar hábitos e adotar um estilo de vida saudável é um investimento para o futuro. Cuide de você!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Saiba mais sobre a gordura trans


Gordura trans é uma gordura produzida por hidrogenação natural ou industrial e é utilizada para deixar os alimentos mais saborosos e dar a eles melhor resistência, ou seja, manter seu prazo de validade. Olhando por este ângulo, até parece que essa gordura é boa, mas na realidade ela não é.

Os alimentos de origem animal, como a carne e o leite, possuem pequenas quantidades dessas gorduras, mas a maior preocupação deve ser com os alimentos industrializados, como sorvetes, batatas fritas, salgadinhos de pacote, bolos, biscoitos, pastelaria, gorduras hidrogenadas e margarinas.

O consumo em excesso desse tipo de gordura contribui para o aumento dos níveis de colesterol total e LDL-colesterol (colesterol ruim) e para a redução dos níveis de HDL-colesterol (colesterol bom). Essas alterações aumentam o risco de doenças cardiovasculares, como infarto do miocário e acidente vascular cerebral (derrame).

Ao contrário dos outros tipos de gordura (saturada, insaturada), não existe ainda um valor definido para o consumo. O ideal é que seja consumido o mínimo possível. Leia sempre os rótulos dos alimentos, identificando quais alimentos são ricos ou não nesse tipo de gordura, e escolha aqueles que contenham o menor teor.

Leve sempre uma vida equilibrada, escolhendo bem seus alimentos!

sábado, 24 de julho de 2010

10 Coisas que Você Precisa Saber Sobre o Fumo

O tabagismo não é uma doença endocrinológica, mas as complicações que isso pode trazer e a associação perigosa com outras doenças faz com que todas as especialidades médicas estejam empenhadas em combatê-lo.

Esse texto foi baseado em publicação do site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (http://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-o-fumo/)
 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. Dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer) mostram que 10% dos fumantes chegam a reduzir sua expectativa de vida em 20 anos.
 A OMS estima que 1,2 bilhão de pessoas no mundo seja fumante, entre as quais 200 milhões de mulheres.

  • O consumo de derivados do tabaco causa cerca de 50 tipos de doença, principalmente as cardiovasculares (infarto, angina), o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas (enfisema e bronquite). Estas doenças são as principais causas de óbitos por doença no Brasil, sendo que o câncer de pulmão é a primeira causa de morte por câncer.

  • O tabagismo causa impotência sexual no homem e, nas mulheres, complicações na gravidez. Além disso, provoca aneurismas arteriais, úlcera do aparelho digestivo, infecções e outros problemas respiratórias, osteoporose, trombose vascular e redução do desempenho desportivo.

  • Fumar enfraquece o cabelo, deixa a pele seca, reduz o paladar e o olfato. Além do envelhecimento precoce da pele, por falta de oxigenação, inibe a produção de colágeno e elastina, aumentando a flacidez. É comum, nas mulheres que fumam, surgirem precocemente imensas rugas em volta dos lábios.  

  • Os malefícios do fumo são maiores nas mulheres devido às peculiaridades próprias do sexo, como a gestação e o uso da pílula anticoncepcional. A mulher fumante tem um risco maior de infertilidade, câncer de colo de útero, menopausa precoce (em média 2 anos antes) e dismenorréia (sangramento irregular).

  • Quando o fumante dá uma tragada, a nicotina é absorvida pelos pulmões, chegando ao cérebro geralmente em 9 segundos. O fumo causa no Sistema Nervoso Central, num primeiro momento, a elevação leve no humor e diminuição do apetite. O que parece ser prazeroso no começo, causa dependência e vício.

  • O tabaco é prejudicial também para quem se encontra junto do fumante. Além do desconforto, o fumo causa doenças imediatas ou a longo prazo. O risco de doença cardíaca aumenta em 25% num adulto exposto ao fumo passivo.  

  • O tabagismo diminui o colesterol bom, mesmo nas pessoas jovens. Existem cada vez mais indícios de relação entre o tabagismo passivo e o derrame cerebral. Mesmo exposições pequenas podem ter consequências sobre a coagulação do sangue, favorecendo a ocorrência de trombose. As pessoas com doenças cardíacas podem sofrer arritmias, diante da exposição à fumaça do cigarro. O risco de infarto do miocárdio também aumenta.

  • O tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, seguindo o tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool. Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos como irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito). Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter infarto ou derrame e aumento do número de infecções respiratórias em crianças.

  • O tabagismo ativo e passivo é especialmente perigoso na gravidez, podendo prejudicar o crescimento do feto e aumentar o risco de complicações durante a gravidez e o parto, tais como a morte fetal, o parto prematuro e o baixo peso ao nascer. Os recém-nascidos e as crianças pequenas também são muito prejudicados. As crianças expostas à fumaça do cigarro têm maior risco de morte súbita, bronquite, pneumonia, asma, exacerbações da asma e infecções de ouvido.

  • Ao parar de fumar, o risco de doenças diminui gradativamente e o organismo do ex-fumante se restabelece. Após 20 minutos do último cigarro, a pressão sanguínea diminui, as batidas cardíacas voltam ao normal e a pulsação cai. Após 8 horas sem cigarro, o nível de oxigênio no sangue pode chegar aos níveis de uma pessoa não-fumante. Após 24 horas, os pulmões já conseguem eliminar o muco e os resíduos da fumaça. Dois dias depois, é possível sentir melhor o cheiro e o gosto das coisas. O corpo já não possui nicotina e a transpiração deixa de cheirar a tabaco. Após duas semanas, melhora a circulação, tosse, congestão nasal, fadiga e falta de ar. Após um ano, o risco de doença cardíaca cai pela metade. Após 5 anos, o risco de ter câncer de pulmão também reduz 50%. Após 15 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao de uma pessoa que nunca fumou.

Cirurgia bariátrica: é a solução??

A obesidade é uma epidemia mundial. No Brasil, de 2006 a 2009, a proporção de pessoas acima do peso subiu de 42,7% para 46,6% e o percentual de obesos cresceu de 11,4% para 13,9%. Mesmo em crianças os números assustam – um estudo recente em Franca (SP) revelou que 15% das crianças de 7 a 10 anos já estão acima do peso.

E o tratamento da obesidade não é fácil. A reeducação alimentar e a prática de atividade física exigem esforço contínuo, muitas vezes com resultados desanimadores. Muitos pacientes precisam de medicamentos para conseguir manter um peso saudável, mas, para uma boa parte dos obesos, as tentativas são sempre fracassadas...

Nesses casos, a cirurgia bariátrica (“cirurgia de redução do estômago”) é a melhor opção??

Em pacientes com IMC (índice de massa corpórea = peso/ altura ao quadrado) maior ou igual a 40kg/m2, os inúmeros tratamentos e a oscilação de peso, além do potencial genético, agravam o quadro clínico. A morbidade associada à obesidade grau III (hipertensão arterial, doenças articulares, alteração do colesterol, diabetes, disfunções respiratórias, etc.), gerou o termo “obesidade mórbida”, que deve ser abandonado. Sem qualidade de vida e com extrema instabilidade emocional, surge a busca por um tratamento mais eficiente, a cirurgia.

Existem várias técnicas para essa cirurgia, mas a mais comum é a de Capella. Essa cirurgia restringe um pedaço do estômago e muda a ligação com o intestino. Além da restrição por diminuição do volume do estômago, ocorre uma pequena alteração da absorção dos alimentos, porque eles deixam de passar pela primeira parte do intestino delgado.

Essa é uma cirurgia de grande porte, que deve ser muito bem indicada e acompanhada posteriormente. É indicada para pacientes com o IMC maior que 40kg/m2 ou maior que 35kg/m2 com complicações como diabetes, hipertensão arterial, apnéia do sono, doenças articulares, etc. Os pacientes têm que já ter tentado tratamento com mudanças de estilo de vida e medicamentos, a cirurgia nunca é a primeira opção. E há algumas contra-indicações, como cirrose hepática, doenças renais, psiquiátricas, vícios (drogas, alcoolismo), etc

Todos os pacientes devem fazer uma avaliação pré-operatória com psicólogo e nutricionista, e o ideal seria que mantivessem o acompanhamento mesmo após a cirurgia, para evitar recaídas.

A perda de peso é rápida, logo que o paciente sai do hospital. A alimentação deve ser bem restritiva no início, pois o estômago restante é extremamente pequeno (~20ml!). E o importante é reaprender a comer, para manter sempre uma alimentação saudável. Mesmo pacientes com estômago tão pequeno podem aprender a comer coisas extremamente calóricas, como leite condensado e milk-shake, e uma boa parte dos pacientes volta a ganhar peso... Já existem pacientes fazendo a cirurgia pela segunda vez!

O maior problema da cirurgia, a longo prazo, é a desnutrição. A absorção de nutrientes fica muito prejudicada, portanto os pacientes devem fazer sempre reposição de vitaminas, como ferro, vitamina D, cálcio, vitamina B12 e outras se necessário.

Portanto, para qualquer tipo de tratamento para a obesidade, as mudanças de estilo de vida são essenciais. Não é possível se manter magro e saudável sem aprender a se alimentar e fazer atividade física regular, mesmo se seu estômago for muito pequeno! O apoio profissional é sempre importante, mas o sucesso depende, principalmente, da participação efetiva do paciente!

Para saber mais, entre em www.endocrino.org.br/cirurgia-bariatrica-mitos-e-verdades

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Conhecendo o hipotireoidismo

O hipotireoidismo é uma disfunção da tireóide em que há diminuição da produção de seus hormônios. É mais comum em mulheres, mas pode acometer qualquer pessoa, independente de gênero ou idade, até mesmo recém-nascidos.

Como já foi colocado aqui no blog, a tireóide é como a "pilha" do nosso organismo. Os hormônios produzidos pela tireóide são o T4 (tiroxina) e o T3 (triiodotironina) e, no hipotireoidismo, esses hormônios estão diminuídos.
O T3 e o T4 são responsáveis pelo controle de todo o nosso metabolismo, como produção de calor, velocidade dos batimentos cardíacos, motilidade do intestino, crescimento de cabelos e unhas, etc. Portanto, a menor produção desses hormônios provoca sintomas que podem incomodar muito, por exemplo:

- cansaço excessivo
- intestino preso
- pele seca
- queda de cabelo
- desaceleração dos batimentos cardíacos
- menstruação irregular
- falhas de memória
- depressão
- dores musculares
- ganho de peso

Em recém-nascidos e crianças, o quadro é mais grave, pois todo o desenvolvimento na infância depende dos hormônios tireoideanos. Se o diagnóstico e tratamento não forem precoces, a criança pode ter sequelas principalmente em relação ao crescimento estatural, puberdade e desenvolvimento intelectual.

O diagnóstico é feito sempre pela dosagem dos hormônios no sangue. Os níveis de T3 e T4 são mais baixos do que o valor de referência, mas a principal alteração é no TSH (hormônio tireoestimulante). Esse hormônio é produzido pelo cérebro (glândula hipófise) para estimular a tireóide a produzir seus próprios hormônios. Se a tireóide está com algum problema, a hipófise aumenta a produção do estimulante, para tentar manter os hormônios dentro do valor normal. Portanto, a primeira alteração no hipotireoidismo é o aumento do TSH.
Muitos pacientes se confundem quando falamos que a tireóide está trabalhando pouco e o hormônio está muito alto... Alto é o valor do TSH.

Em recém-nascidos, o hipotireoidismo pode ser diagnosticado através da triagem neonatal, pelo Teste do Pezinho, que é OBRIGATÓRIO em todo recém-nascido.

Em adultos, na maioria das vezes, o hipotireoidismo é causado por uma inflamação denominada Tireoidite de Hashimoto. Essa inflamação tem uma relação familiar muito grande e é comum ver vários membros da família afetados. É uma doença auto-imune, ou seja, o corpo produz anticorpos contra seus próprios órgãos (nesse caso a tireóide). O ataque desses anticorpos impede o funcionamento adequado da tireóide, que vai progressivamente diminuindo a produção hormonal.

O tratamento do hipotireoidismo é feito com o uso diário de levotiroxina. Para reproduzir o funcionamento normal da tireóide, a levotiroxina deve ser tomada todos os dias, em jejum (no mínimo meia hora antes do café da manhã), para que a ingestão de alimentos não diminua a sua absorção pelo intestino.

Se estiver usando a medicação regularmente, e dessa forma mantendo os hormônios dentro dos valores normais, quem tem hipotireoidismo pode levar uma vida saudável, feliz e completamente normal.

sábado, 17 de julho de 2010

Mais dicas de receitas gostosas, leves e saudáveis!


Linguado ao vinho e limão light

Leve e com gostinho de limão, este linguado fica pronto em apenas 15
minutos!

Tipo de Cozinha: caseira, light
Categoria: peixes, pratos principais
Tempo de preparo: Pá Pum
Serve: 4 porções


Ingredientes

400 g /4 filés de linguado
4 rodelas finas de limão
1/4 xícara (chá) de vinho branco seco
30 g /2 colheres (sopa) de cebola picada
1 colher (chá) de raspas de limão
1 colher (chá) de salsinha picada
sal e pimenta-do-reino a gosto


Modo de Preparo

1. Numa assadeira refratária, disponha os filés de linguado e tempere com sal e pimenta-do-reino. Distribua uma rodela de limão sobre cada filé. Reserve.
2. Numa tigelinha, junte o vinho, a cebola picada, as raspas de limão e a salsinha e misture. Com a ajuda de uma colher, regue os filés com essa mistura.
3. Cubra a assadeira com filme e, com um palitinho, faça um pequeno furo em cada extremidade.
4. Leve ao microondas e deixe assar por 4 minutos em potência alta.
5. Em seguida, retire do forno e sirva.

Por porção: 111 calorias





Musse de maracujá light

Esta é uma receita diferente de musse de maracujá. Nada de creme nem leite condensado. Extremamente refrescante, é feita com iogurte e gelatina e pode ser servida na própria casca do maracujá. Um charme


Tipo de Cozinha: light, caseira
Categoria: doces, sobremesas
Tempo de preparo: Mais de 2 horas
Serve: 12 porções


Para a musse

Ingredientes

4 maracujás
2 xícaras (chá) de leite desnatado
400 g / 2 potes de iogurte natural natural desnatado
3 colheres (sopa) de adoçante em pó do tipo granular
1 colher (sopa) de leite desnatado em pó
1 colher (chá) de suco de limão
2 colheres (sopa) de gelatina em pó sem sabor

Modo de Preparo

1. Lave os maracujás sob água corrente.
2. Numa tábua, corte cada maracujá ao meio e retire a polpa. Reserve as cascas.
3. No liquidificador, bata as polpas dos maracujás e o leite desnatado por 1 minuto em velocidade alta. Separe o líquido das sementes, passando por uma peneira. Descarte as sementes e reserve o suco.
4. Numa tigelinha, dissolva a gelatina em 5 colheres (sopa) de água morna. Deixe hidratar por 5 minutos. Reserve.
5. No liquidificador, junte o suco de maracujá, o iogurte desnatado, o adoçante em pó, o leite em pó, o limão e a gelatina preparada. Bata por 2 minutos em velocidade alta.
6. Dentro das cascas do maracujá, distribua a musse. Leve à geladeira por, no mínimo, 6 horas.

Para a calda

Ingredientes

polpa de 2 maracujás
suco de 2 laranjas
7 colheres (sopa) de adoçante em pó do tipo granular
1 colher (sopa) de água
1 colher (chá) de maisena

Modo de Preparo

1. Numa tábua, corte os maracujás ao meio e retire a polpa.
2. Numa panela, coloque a polpa de maracujá, o suco de laranja e o adoçante em pó. Leve ao fogo baixo e deixe cozinhar até ferver, mexendo sempre.
3. Numa tigelinha, dilua a maisena em 1 colher (sopa) de água. Acrescente à mistura da panela. Mexa bem por 5 minutos. Retire do fogo e deixe esfriar. Despeje a calda sobre as musses no momento de servir.

Por porção: 60 calorias

Boa refeição!!!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Como não escapar da dieta!

 Ninguém disse que fazer dieta é tarefa fácil... E, infelizmente, não tem milagre para se manter magro... Para manter seu peso dentro do ideal e sua saúde boa, você deve sempre prestar atenção ao que come e fazer exercícios para gastar o que comeu.

Algumas dicas podem te ajudar a manter um maior controle com a comida, sem precisar estar sempre estressado com isso:
  • Procure fazer sempre de 3 a 6 refeições ao dia

    • Comer várias vezes ao dia mantém seu metabolismo sempre ativo; o organismo sempre tem energia para gastar, não precisa "economizar"
    • Além disso, comendo em intervalos curtos, você não chega à próxima refeição "morrendo" de fome
  •  Coma sentado, prestando atenção ao que come

    • Comer em pé na cozinha facilita pegar mais coisas na geladeira ou armários
    • Comer distraído com TV ou computador faz com que você coma mais sem perceber; quando viu, já foi tudo e muito mais
  •  Cozinhe porções menores dos alimentos e coma em pratos pequenos

    • Assim, você terá a impressão de que o prato está cheio
  • Descanse os talheres entre as garfadas e mastigue devagar

    • Nosso corpo precisa de um tempo para sentir-se satisfeito, após começarmos a mastigar. Se você come rápido, consegue comer muito mais até seu corpo sinalizar que já está bom
  • Saia da mesa assim que terminar de comer

    •  Ficar olhando a comida vai te deixar tentado a comer mais
  • Não repita pratos

    • A segunda porção tem exatamente o mesmo gosto da primeira, não precisa experimentar de novo
  • Não tenha em casa as guloseimas que gosta

    • Se o acesso for fácil, você não vai precisar pensar duas vezes antes de cair na tentação
  • Coma bastante fibras 

    • As fibras de saladas, frutas, pão integral, arroz integral, etc ajudam a aumentar a sensação de saciedade, diminuindo a vontade de doces durante o dia 

Se, mesmo com essas dicas você não consegue controlar o que come, faça um diário alimentar. Anotando tudo o que você come, começa a prestar mais atenção no que anda escolhendo e consegue melhorar a qualidade da sua alimentação.


E o mais importante: Se você não conseguiu controlar e abusou em uma refeição, não jogue seu esforço fora! Não é porque você saiu da dieta uma vez que deve desistir e continuar abusando. O mais importante é aprender a comer e encontrar um equilíbrio, para que as escapadas de vez em quando não compromentam seu peso e, principalmente, sua saúde!

        

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Apneia x Hipertensão

Baseado em publicação da Sociedade Brasilieria de Endocrinologia e Metabologia (http://www.endocrino.org.br) 

 

Um grupo de pesquisadores da Escola Paulista de Medicina chegou à conclusão de que quem sofre com apneia do sono tem grandes chances de se tornar um hipertenso no futuro. O estudo foi feito com 1042 pessoas, todas residentes em São Paulo. Através da polissonografia, um exame para a medição do sono e de suas variáveis fisiológicas, foi constatado que 38% delas eram apneicas. Destas, cerca de 50% tinham pressão alta.


De acordo com os estudiosos, quem sofre de apneia tem um grande estresse durante o sono e não consegue oxigenar bem os tecidos do organismo. A interrupção da respiração leva a uma queda da oxigenação, ao aumento do gás carbônico e ao curto despertar do sono para retomar a respiração. Todos esses fatores em conjunto levam à ativação do sistema simpático, que causa hipertensão.

Ainda segundo os pesquisadores, as consequências da hipertensão são graves e podem causar no apneico problemas como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. A apneia é tida, ainda, como uma das causas de morte súbita durante o sono.


Causas da Apneia do Sono

A apneia do sono ocorre quando o ar suficiente não consegue ir até os pulmões quando se está dormindo. Tal situação ocorrer por vários fatores: os músculos da garganta e língua relaxam mais do que o normal, as amídalas e adenóides são grandes, a pessoa está acima do peso (o excesso de tecido mole na garganta dificulta mantê-la aberta), ou o formato da cabeça e pescoço resulta em menor espaço para passagem de ar na boca e garganta.

Sintomas

Ronco e sonolência diurna são considerados os principais sintomas da apneia do sono, embora muitos pacientes não os percebam. A sonolência diurna é explicada pelas interrupções do sono causadas pela falta de oxigênio.
São considerados sintomas da apneia: acordar com sensação de sufocamento, ofegante, com dor no peito ou desconforto, confuso ou com dor de cabeça; sentir boca seca ou dor de garganta pela manhã; alterações na personalidade; dificuldade de concentração; impotência sexual; e irritabilidade.
Muitas vezes, o paciente não sabe que ronca ou que tem apneia, o parceiro é que deve informá-lo...

Tratamento

Mudanças nos hábitos de vida podem contribuir muito com a melhora da apneia do sono. Perder peso, fumo 4 horas antes de deitar e elevar a cabeceira da cama entre 15cm e 20cm são algumas medidas simples que podem evitar problemas futuros. evitar o consumo de bebidas alcoólicas, dormir de lado, evitar consumo de comidas pesadas antes de dormir, evitar o

A apneia é uma doença que dever ser tratada  em conjunto pelo Otorrinolaringologista, Endocrinologista e Cardiologista. Se você ou seu parceiro têm esse problema, procure um especialista!

Dúvidas em relação à Sibutramina

A Sibutramina é um dos medicamentos mais utilizados no combate à obesidade. É um medicamento de ação complexa, age em substâncias produzidas pelos sistema nervoso central (serotonina e noradrenalina) para auxiliar no controle da saciedade e ansiedade e no aumento do gasto energético do organismo.
O ponto principal do uso de Sibutramina é saber que ela tem indicações bem definidas e que ela não consegue ser eficaz se for a única medida no controle do peso. O tratamento da obesidade SEMPRE se baseia, inicialmente, em melhora da alimentação e atividade física. O medicamento é indicado como medida auxiliar para pacientes já obesos (IMC > ou = 30) ou com sobrepeso (IMC > ou = 25), com complicações decorrentes do excesso de peso.


Recentemente, muito se falou da Sibutramina, devido à suspensão de seu uso na Europa e controle mais rigoroso aqui no Brasil.
Justamente por sua ação na noradrenalina, que é uma substância estimuladora no nosso organismo, alguns efeitos colaterais desse medicamento podem ser: aumento da frequência cardíaca, aumento discreto da pressão arterial, dores de cabeça, agitação, nervosismo, tremores. Sabendo-se disso, esse medicamento já era previamente contra-indicado para pacientes com histórico de doenças cardiovasculares, como arritmia, doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca. Para pacientes não portadores dessas doenças, a Sibutramina NÃO aumenta o risco delas ocorrerem.
Um estudo recente realizado na Europa avaliou o uso da Sibutramina justamente nesses pacientes com doenças cardiovasculares. A conclusão foi a esperada: o medicamento é, realmente, contra-indicado nesses casos.
Portanto, a suspensão da Sibutramina na Europa foi uma medida desnecessária, e já se fala em autorizar novamente o seu uso. No Brasil, o controle apenas ficou mais rigoroso, o que ajuda, também, a coibir seu uso para pacientes que não necessitam da medicação.


Outros efeitos colaterais comuns com o uso da Sibutramina são: boca seca, obstipação intestinal, náuseas, insônia ou sono excessivo, labilidade emocional, etc.

A Sibutramina é um medicamento seguro no controle da obesidade, desde que usado com indicações corretas, com acompanhamento médico e, sempre, acompanhando reeducação alimentar e atividade física!