quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Como identificar e evitar a hipoglicemia

Hipoglicemia não é uma doença, é uma consequência de alguma doença ou uso de medicamentos e significa baixo nível de glicose no sangue. Os níveis sanguíneos considerados normais são de 60 a 99mg/dl. 

Em geral, abaixo de 50 a 60mg/dl ocorrem os sintomas. Os mais comuns são:
  • Fome, borborigmo ("ronco" na barriga)
  • Tremores, ansiedade, nervosismo
  • Palpitações, sudorese fria, dor de cabeça
  • Náusea, vômito, desconforto abdominal
  • Cansaço, fraqueza, dificuldade de raciocínio
  • Confusão, tontura, indisposição não específica
Em casos graves, o indivíduo pode perder a consciência (desmaios ou até coma) ou ter crises convulsivas.

A hipoglicemia ocorre quando não há níveis de glicose suficientes no sangue para fornecer energia às células do cérebro. As outras células do corpo conseguem obter energia através da quebra de gordura (inicialmente) e proteínas armazenadas, mas o cérebro é nutrido exclusivamente por glicose. Portanto, os sintomas funcionam como um "sinal de alerta" de que os neurônios estão sofrendo.

Existem várias causas para a hipoglicemia:
  • Consumo de álcool (causa mais freqüente)
  • Jejum prolongado
  • Esforço físico (músculos consomem a glicose circulante)
  • Medicamentos: insulina e antidiabéticos orais são os principais, mas pode ocorrer com aspirina, antiinflamatórios, beta-bloqueadores (ex: Propranolol), antibióticos
  • Hipoglicemia reativa (ocorre 1 a 3 horas após as refeições, por rápida absorção dos carboidratos)
  • Tumores produtores de insulina (muito raros)
  • Cirurgia para diminuição (cirurgia para obesidade) ou retirada do estômago (câncer de estômago)

Nos pacientes diabéticos, a hipoglicemia é mais frequente. Ocorre principalmente por uso de medicamentos orais ou insulina sem alimentação adequada. Os medicamentos para diabetes, tanto orais quanto insulina, têm como objetivo diminuir a glicemia, e a maioria o faz independente da ingestão alimentar. Portanto, se o paciente não se alimentar corretamente, com intervalos regulares, corre o risco de ter hipoglicemia.

Para evitar a hipoglicemia, além do tratamento específico para cada causa, é importante:
  • Evitar períodos prolongados em jejum, alimentar-se a cada 3 ou 4 horas
  • Evitar atividade física sem se alimentar e repôr as perdas se exercícios prolongados
  • No caso de hipoglicemia reativa, evitar ingestão de carboidratos simples (açúcar branco, farinha branca, doces); prefira carboidratos complexos (arroz integral, farinha integral) ou associação de carboidratos com gorduras ou proteínas (ex: pão com manteiga e não puro), que demoram mais a ser absorvidos

Se você tem esses sintomas, diabético ou não, procure seu endocrinologista para investigar e tratar! E não "aguente a crise" sem comer, isso é muito prejudicial!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Hipertireoidismo

Hipertireoidismo é uma doença da tireóide, glândula que controla o metabolismo do nosso organismo, em que há aumento da produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).

As causas de hipertireoidismo são:
  • excesso de iodo na alimentação, induzindo maior produção hormonal
  • produção excessiva de hormônios por nódulos na glândula (em geral, maiores que 3cm) 
  • ingestão de hormônios da tireóide, principalmente em fórmulas para emagrecimento
  • produção de anticorpos contra a tireóide pelo próprio organismo (doença auto-imune) - essa é a causa mais comum de hipertireoidismo, chamada de Doença de Graves
O hipertireoidismo é mais comum em mulheres que em homens.

Seus sintomas são relacionados ao excesso de hormônio, como se o organismo estivesse trabalhando em um ritmo mais acelerado. Portanto, os pacientes apresentam:
  • agitação, nervosismo, insônia
  • pele quente, calor excessivo, suor excessivo
  • palpitações, aumento da pressão arterial
  • aceleração do ritmo intestinal
  • perda de peso, mas com aumento do apetite
  • tremores das mãos
Em mulheres, o hipertireoidismo provoca irregularidade menstrual e pode causar problemas nas gestações.
Pacientes com hipertireoidismo por Doença de Graves podem ter também "exoftalmia", quando os olhos parecem saltados, pois os músculos atrás dos olhos também são atingidos pelos anticorpos.
Todos os pacientes podem ter aumento do volume da tireóide.

O diagnóstico é feito através de exames de sangue. Há aumento dos hormônios T3 e T4 livre e diminuição do TSH (hormônio que induz a tireóide a produzir seus homônios).

O tratamento pode ser feito com medicamentos que bloqueiam a produção hormonal, com cirurgia  (tireoidectomia) ou com ingestão de iodo radioativo, que "queima" a tireóide e cessa seu funcionamento. A decisão do tipo de tratamento deve ser individualizada para cada paciente. Portanto, o tratamento deve ser sempre acompanhado por um endocrinologista e a dosagem hormonal checada periodicamente.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Dicas para diabetes 2

Para medir a glicemia picando o dedo sem sentir dor

Para evitar sentir dor ao fazer o seu teste de "ponta de dedo", em primeiro lugar, use sempre picadores especiais, pois eles permitem regular a pressão da picada; com agulhas, você pode acabar se machucando.
Siga as instruções a seguir:

1. Lave bem as mãos com água e sabão e enxugue com toalha limpa ou algodão seco. Se usar algodão com álcool, deixe o álcool secar bem antes de picar o dedo.

2. Nos dias frios, lave as mãos com água quente, para que a gota saia mais facilmente.

3. Deixe a mão pendente, para que a gota de sangue seja maior e você não precise espremer o dedo.

4. Aperte o dedo e mantenha-o apertado, abaixo do local onde vai ser picado, até que se pique e obtenha a gota de sangue.

5. Não pique na ponta, e sim ao redor da polpa do dedo, onde a sensiblildade é menor.

6. Alterne os dedos que serão picados.

Os picadores são de uso individual, não podem ser usados em diferentes pessoas, mesmo trocando as agulhas!