sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Papel dos hormônios na amamentação

Os hormônios agem para produzir o leite materno desde o início da gestação. O estrógeno e a progesterona, que estão elevadíssimos na gestação, estimulam a proliferação das glândulas mamárias e a produção de um colostro ralo, clarinho, desde o segundo mês. O colostro é produzido durante todo o tempo, mas a prolactina, que produz o verdadeiro leite, é inibida por outros hormônios, nessa fase.

Após o nascimento do bebê e a saída da placenta, os níveis de estrogênio e progesterona caem  abruptamente, e a prolactina pode agir na mama para estimular a produção de leite. Os hormônios da tireoide e da glândula supra-renal também têm um papel secundário nessa fase.

A produção de leite depende, principalmente, do estímulo do bebê. É um sistema chamado de feedback positivo: quanto mais o bebê suga, mais leite é produzido. A sucção estimula terminações nervosas na aréola, que aumentam a produção de prolactina e da ocitocina, hormônio responsável pela ejeção do leite.

A ocitocina também é responsável pela contração do útero, acelerando sua involução e portanto diminuindo o sangramento pós-parto. Algumas mães queixam-se de cólicas durante as mamadas nos primeiros dias após o parto. Isto se deve à contração uterina que ocorre com o estímulo da sucção.


Agora, gostaria de contar um pouco da minha experiência pessoal com a amamentação.
Minha filha está com quase 5 meses e nossa relção com a amamentação foi bem conturbada, no início (na verdade, quase o tempo todo...). 
Eu sempre acreditei que não existiam mulheres com pouco leite, o que havia era falta de orientação por parte dos pediatras e ginecologistas, ou falta de vontade de amamentar. Acontece que eu, realmente, tive pouco leite. Além disso, minha filha era o chamado "bebê preguiçoso"... Ela não gostava de fazer força para mamar (até hoje não gosta) e se cansava rápido e dormia. Ou seja, meu sistema de feedback não estava funcionando!! Eu tinha pouco leite e ela não estimulava a produção...
O início foi terrível, com a bebê chorando de fome (sem eu saber), a pressão enorme dos familiares e eu me culpando por não conseguir fazer a única coisa que precisava no momento, que era alimentar minha filha.  Começamos a complementar com mamadeira já na 3a semana de vida... Eu sofria, pois a mamadeira era o atestado de que eu não estava apta a cuidar da minha filha... Como me disse uma grande amiga, sofremos com a "ditadura da amamentação". Pensei em desistir MUITAS vezes.
Não pense que sou contra amamentar! Sou super a favor!! Mas ninguém nos fala, antes de tanto sofrimento, que amamentar e complementar também é bom para o bebê. Você não precisa dar só o peito para ser uma boa mãe e cuidar da saúde do seu bebê. Um pouquinho de leite materno ao dia é suficiente para passar os anticorpos necessários. Se você é uma mãe cheia de leite, aproveite! Mas se não é, como eu, não sofra...

Atualmente, minha filha continua no esquema peito-mamadeira, está crescendo forte e feliz e nunca teve nenhum problema de saúde. Graças ao meu marido, que me apoiou o tempo todo e me estimulou a continuar, minha filha pode chegar aos 6 meses ainda com o leite materno!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Exercício e alimentação adequada podem prevenir o diabetes

O diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina. O diabetes tipo 1 é resultante da destruição autoimune das células produtoras de insulina. O diagnóstico desse tipo de diabetes acontece, em geral, durante a infância e a adolescência, mas pode também ocorrer em outras faixas etárias.

Já no diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas há incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo de diabetes é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação, mas também pode ocorrer em jovens.

Confira 10 coisas que você precisa saber sobre os dois tipos mais comuns de diabetes:

1. No tratamento do diabetes, o ideal é que a glicose fique entre 70 e 100mg/dL.  A partir de 100mg/dL  em jejum ou 140mg/dL duas horas após as refeições, considera-se hiperglicemia e, abaixo de 70mg/dL, hipoglicemia. Se a glicose permanecer alta demais por muito tempo, haverá mais possibilidade de complicações de curto e longo prazo. A hipoglicemia pode causar sintomas indesejáveis e com complicações que merecem atenção.

2. Tanto insulina, quanto medicação oral podem ser usadas para o tratamento do diabetes. A insulina é sempre usada no tratamento de pacientes com diabetes tipo 1, mas também pode ser usada em diabetes gestacional e diabetes tipo 2 (quando o pâncreas começa a não produzir mais insulina em quantidade suficiente).  A medicação oral é usada no tratamento de diabetes tipo 2 e, dependendo do princípio ativo, tem o papel de diminuir a resistência à insulina ou de estimular o pâncreas a produzir mais desse hormônio.

3. A prática de exercícios pode ajudar a controlar a glicemia e a perder gordura corporal, além de aliviar o estresse. Por isso, pessoas com diabetes devem escolher alguma atividade física e praticar com regularidade, sob orientação médica e de um profissional de educação física.

4. A contagem de carboidratos se mostra muito benéfica para quem tem diabetes. Os carboidratos têm o maior efeito direto nos níveis de glicose, e esse instrumento permite mais variabilidade e flexibilidade na alimentação, principalmente para quem usa insulina, pois a dose irá variar conforme a quantidade de carboidratos. Isso acaba com a rigidez no tratamento de antigamente, quando as doses de insulina eram fixas, e a alimentação também devia ser. É importante ter a orientação de um nutricionista.

5. As tecnologias têm ajudado no tratamento do diabetes. Os aparelhos vão desde os glicosímetros (usados para medir a glicose no sangue) até bombas de infusão de insulina e sensores contínuos de monitorização da glicose.

6. Se o diabetes não for tratado de forma adequada, podem surgir complicações, como retinopatia, nefropatia, neuropatia, pé diabético, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros. Se o paciente já estiver com diagnóstico de complicação crônica, há tratamentos específicos para ajudar a levar uma vida normal.

7. A educação em diabetes é muito importante para o tratamento. Não só o paciente precisa ser educado, mas também seus familiares e as pessoas que convivem com ele. Assim, o paciente pode ter o auxílio e o suporte necessários para um bom tratamento e tomar as decisões mais adequadas com base em conhecimento.

8. Muitos casos de diabetes tipo 2 podem ser evitados quando se está dentro do peso normal, com hábitos alimentares saudáveis e com prática regular de atividade física.

9. O fator hereditário é mais determinante no diabetes tipo 2.  Ainda se estuda o que desencadeia o diabetes tipo 1 e, por enquanto, as infecções, principalmente virais, parecem ser as maiores responsáveis pelo desencadeamento do processo autoimune. No tipo 2, os casos repetidos de diabetes em uma mesma família são comuns, enquanto a recorrência familiar do diabetes tipo 1 é muito pouco freqüente.

10. Ainda não há cura para o diabetes. Porém, estão sendo realizados estudos que, no futuro, podem levar à cura. Para o diabetes tipo 1, está sendo estudada a terapia com células-tronco em pacientes recém-diagnosticados. Já para o diabetes tipo 2, os estudos com a cirurgia de redução de estômago (gastroplastia) têm mostrado aparentes bons resultados, mesmo em pacientes que não estão acima do peso. Salienta-se que esses métodos ainda são absolutamente experimentais. 


Artigo do site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Cuidados em casa para quem tem osteoporose

A osteoporose é uma doença cada vez mais comum e se caracteriza pela fragilidade óssea, com aumento do risco de fraturas. Muitas  vezes, as fraturas ocorrem dentro de casa, em situações corriqueiras.

Falta de corrimão em escadas e barras de apoio em banheiros, desníveis dentro da casa, pisos escorregadios e iluminação inadequada estão entre os principais erros em relação à segurança para o paciente com osteoporose.
Até com os animais de estimação deve haver mais atenção. Eles podem cruzar o caminho e provocar quedas.

Veja algumas dicas para evitar problemas dentro de casa:

1) Banheiro
- instalar barras de segurança no box e ao lado do vaso sanitário
- colocar piso antiderrapante, principalmente dentro do box
- deixar uma cadeira dentro do box, para ajudar no equilíbrio durante o banho
- posicionar torneiras em local de fácil alcance
- não trancar as portas, para facilitar o socorro no caso de acidentes

2) Quarto
- retirar tapetes soltos e móveis baixos
- interruptores devem estar próximos à porta
- manter telefones a um fácil acesso
- a cama e outros móveis devem ter uma altura que permita que a pessoa mantenha os pés no chão quando sentada
- utilizar lâmpadas que brilham no escuro em locais estratégicos do quarto e corredores
- manter itens de uso frequente longe de obstáculos

3) Cozinha
- colocar tapetes antiderrapantes perto da pia e fogão
- manter o chão sempre seco
- deixar utensílios e alimentos em locais de fácil alcance
- manter itens mais pesados em locais mais baixos

4) Corredores e escadas
- manter sempre bem iluminados
- as portas devem ser largas
- instalar luzes noturnas
- não encerar o piso
- tapetes e carpetes de fios baixos são mais seguros; fixá-los com fita adesiva própria
- instalar corrimão dos dois lados da escada
- evitar subir as escadas com pés descalços, para não escorregar

5) outros
- remover fios soltos, cordas, etc
- não deixar objetos amontoados ou soltos pela casa
- usar calçados firmes e com sola de borracha
- instalar sensores que acendam as luzes com o movimento
- se usar bengala, ter sempre a ponta de borracha
- ter uma lanterna com fácil acesso, para casos de queda de energia

A prevenção de quedas é o fator principal para evitar as fraturas. Cuide da sua saúde!

Radioterapia na região do pescoço é uma das causas de câncer da tireoide

O câncer de tireoide é pouco comum - menos de 2% de todos os cânceres -, mas é o mais comum da região do pescoço e o mais comum dos órgãos endócrinos (como tireoide, pâncreas, adrenal, ovários, testículos, hipófise).

Uma das causas do câncer de tireoide é a radiação da região cervical, como a radioterapia para o câncer de laringe, por exemplo. A radiação leva muitos anos para transformar células normais em células malignas, portanto, é mais comum que crianças que necessitem de radioterapia na região cervical desenvolvam câncer de tireoide na vida adulta. O risco existe mesmo para baixas doses de radiação.

Para saber mais sobre o câncer de tireoide, clique aqui.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Você conhece os efeitos prejudiciais do bisfenol A?


O bisfenol A (BPA) é um componente do plástico, comercializado há mais de 50 anos. Ele faz parte da composição de mamadeiras e garrafas de água, equipamentos esportivos, dispositivos médicos e dentários, cimentos e selantes dentais, lentes de óculos, CDs e DVDs, e eletrodomésticos. Resinas epóxi contendo BPA são usadas como revestimentos dentro de quase todas as embalagens de alimentos e bebidas.

Recentemente, descobriu-se que o BPA é prejudicial à saúde, por ser um "disruptor endócrino" - mimetiza os efeitos dos hormônios, com resultados negativos. Os estudos mostram que o BPA pode bloquear os receptores de hormônios da tireoide, aumentar o risco de disfunção sexual em homens e mulheres e alterar o processo de puberdade.
Além disso, o BPA pode interferir no desenvolvimento cerebral e comportamento de fetos e bebês, causar hiperatividade e déficit de atenção, aumentar o risco de câncer de mama, causar aumento do volume da próstata, provocar aborto e restrição do crescimento fetal, entre outros tantos efeitos.

Por essas razões, em muitos países europeus, no Japão e nos EUA, o BPA é uma substância proibida na confecção de produtos para crianças. O Brasil decidiu proibir as mamadeiras que contenham a substância a partir de 2012.
Mas o ideal é evitar o uso de qualquer produto plástico para armazenar alimentos, como tupperwares, copinho de café, principalmente em alimentos ou bebidas quentes ou que vão ser colocados em microondas. E não só para bebês, para o uso de adultos também.

Informe-se sobre os riscos do bisfenol A e de outros disruptores endócrinos e cuide da sua saúde!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Decisão Sobre Emagrecedores


A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, nesta terça-feira, em Brasília, pela retirada do mercado brasileiro dos medicamentos anorexígenos (anfepramona, femproporex e manzidol). A sibutramina, por sua vez, será mantida, mas deverá ser vendida com maior rigor em sua prescrição. Ainda, segundo a agência, haverá prazo para que as substâncias saiam do mercado.

De acordo com o Dr. Ricardo Meirelles, presidente da Comissão de Comunicação Social da SBEM,a Sociedade é contra a retirada de qualquer um destas medicamentos neste momento. "Existem, atualmente, poucas alternativas de tratamento da obesidade, que é uma doença grave que necessita de avaliação caso a caso. Dessa forma, retirar recursos terapêuticos apenas prejudica o tratamento de pacientes que precisam perder peso", afirmou.

Em relação ao aumento do controle da sibutramina, o endocrinologista acredita que também pode ser prejudicial no tratamento da obesidade. "A informação que tive é que a complexidade será grande e que tanto o paciente, quanto o médico, deveriam assinar um termo de consentimento, o que não faz o menor sentido. É importante, sim, que os especialistas que prescrevem o medicamento saibam respeitar todas as contraindicações", disse.

Para o Dr. Ricardo, a manutenção da sibutramina é fruto de um trabalho de esclarecimento e informação sobre os reais beneficios e riscos dos medicamentos.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Reportagem da FOLHA DE SÃO PAULO

Diabéticos têm dificuldade de achar medicamento Victoza

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MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO 


A corrida para comprar o remédio Victoza (liraglutida), indicado para o tratamento de diabetes mas cada vez mais usado para emagrecer, pode deixar os pacientes que realmente precisam do medicamento na mão.
Segundo o endocrinologista Ricardo Meirelles, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, que atua no Rio, metade dos seus pacientes que usam o Victoza se queixa de dificuldade para comprar a droga.

Ele estima que dez pacientes seus usem o remédio. "O número não é grande porque se trata de um medicamento novo e caro [cerca de R$ 400]", explica. Meirelles diz que não está recomendando aos diabéticos que se adaptam bem ao Byetta, droga de efeito similar ao do Victoza, a mudar de remédio. "Mas o Victoza atrai os pacientes novos porque tem só uma aplicação ao dia em vez de duas do Byetta."





O endocrinologista Antonio Carlos Lerário, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes, também tem poucos pacientes usando o remédio, por causa do preço. "O Victoza vendeu como nunca depois da reportagem da revista 'Veja'. Fora do Brasil não houve esse furor."

Na edição de 7 de setembro, a revista "Veja" publicou uma reportagem de capa sobre a droga, chamando o Victoza de "bala de prata" contra o excesso de peso. Na semana seguinte, a Vigilância Sanitária divulgou um alerta afirmando que o remédio não é recomendado para emagrecer, podendo causar hipoglicemia, náusea, diarreia, pancreatite e distúrbios da tireoide.

Como estudos mostram que o Victoza leva à perda de peso, alguns médicos já o receitam para tratar obesidade. Esse tipo de indicação é conhecido como "off label" (fora da bula).

LISTA DE ESPERA
 
Um comunicado da Sociedade Brasileira de Diabetes afirma que aumento da procura pelo Victoza causa impacto no preço e na disponibilidade da droga.
"Em Belo Horizonte, o Victoza está em R$ 394 e o estoque, esgotado, tem previsão de reposição só para daqui a uma semana", diz a nota.
A reportagem da Folha procurou o remédio em dez grandes farmácias de São Paulo e não encontrou o Victoza em nenhuma. Algumas lojas têm listas de espera com 25 pessoas.

Já em três distribuidores de remédios especiais (que precisam de refrigeração no transporte), o Victoza foi encontrado para pronta-entrega, por até R$ 400.
"As farmácias mantêm estoques pequenos. Por isso indico as lojas de medicamentos especiais", diz o endocrinologista Marcos Tambascia, professor da Unicamp.
A Novo Nordisk, fabricante do Victoza, diz que as vendas da droga estão normais.


Procure sempre um endocrinologista antes de inicar um tratamento adequado, seja para diabetes ou para perder peso. Não faça auto-medicação e não compre medicamentos em sites duvidosos!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Metade dos americanos será obesa em 2030!!

Fonte: MedPage Today



Se a epidemia de obesidade continuar crescendo sem controle, 50% da população adulta dos EUA será obesa (IMC >30) em 2030.

Dados do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) de 1988 a 2008 permitem uma projeção de mais de 65 milhões de adultos obesos nos EUA nessa época. Entre homens e mulheres de 40 a 50 anos, aproximadamente 60% serão obesos!

Ainda com esses dados, é possível prever os seguintes impactos na saúde:
  • 6 a 8,5 milhões de pessoas com diabetes
  • 5,7 a 7,3 milhões de novos casos de doenças do coração e derrame
  • 490 a 670 mil novos casos de câncer
A Grã-Bretanha é outro país com aumento progressivo da incidência de obesidade. Os índices são menores que os americanos, mas com a mesma velocidade de aumento. Mantendo-se as taxas atuais, em 2030, 40% dos homens e 35% das mulheres serão obesos.

Um achado importante do estudo foi o aumento expressivo de obesidade em pessoas com mais de 60 anos. Dos 65 milhões de obesos em 2030, 24 milhões estarão nessa faixa etária. Essa população já é a mais doente e mais cara em termos de custos com saúde. Os efeitos na saúde e também na economia serão imensos.


Faça sua parte, cuide da sua saúde, coma direito e faça atividade física. Não deixe o Brasil entrar nessa estatística também!!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Deficiência de GH (hormônio do crescimento) em adultos

A deficiência de hormônio do crescimento (DGH) na vida adulta (DGHA) é uma doença pouco comum, mas que pode trazer muitos problemas ao seu portador. Estima-se que sejam diagnosticados, no mundo, 1 caso/ 100.000 habitantes ao ano.

As princpais causas de DGHA são tumores na região da hipófise, glândula cerebral responsável pela produção do hormônio, e/ou seus tratamentos. Também ocorre em pacientes com DGH diagnosticada na infância. (Alguns pacientes com DGH na infância podem normalizar os níveis do hormônio na vida adulta - provavelmente, a deficiência era leve e a quantidade de hormônio passa a ser suficiente quando adultos).

As manifestações clínicas da DGHA são:
- alteração da composição corpórea, com aumento da proporção de massa gorda e diminuição da massa magra (muscular)
- diminuição da massa óssea, com osteopenia/ osteoporose
- comprometimento do bem-estar psicológico
- diminuição da função renal
- diminuição do gasto energético basal do organismo, com maior facilidade de ganho de peso
- diminuição da capacidade de exercício, cansaço fácil
- aumento da resistência à insulina, com risco de diabetes
- aumento dos fatores de risco cardiovascular


O diagnóstico da DGHA é feito com testes para estimular a secreção do hormônio. Os níveis de GH, IGF1 e IGFBP3 são dosados no basal e após o teste (existem várias formas de ser feito, em laboratórios especializados). No basal, os valores podem não distinguir indivíduos normais ou afetados.


O tratamento é a reposição do hormônio. O medicamento é injetável e deve ser usado diariamente. Inicia-se com dose baixa e cada paciente tem sua dose individualizada, de acordo com os níveis de IGF1. Os  benefícios da reposição devem ser analisados de maneira crítica e individualizada, pois nem todo o paciente apresentará benefício suficiente para justificar o tratamento.

Para avaliar a eficácia clínica do tratamento, os principais parâmetros são a avaliação da composição corpórea, da densidade mineral óssea, do desempenho cardíaco, de fatores de risco cardiovascular e da qualidade de vida. A maioria dos pacientes refere benefícios após três meses de tratamento.

Em indivíduos com DGHA que não façam reposição do hormônio, a atividade física pode melhorar a composição corpórea, a capacidade cardiovascular e o bem-estar psicológico.


A deficiência do hormônio do crescimento é uma doença grave e pouco diagnosticada. Procure seu endocrinologista se você acha que pode ser portador dessa doença.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Dicas para diabéticos 10

Quando for fazer exames de sangue

Frequentemente, as pessoas com diabetes necessitam colher exames em laboratório, e ficam em dúvida se tomam a medicação via oral ou aplicam a insulina no dia da coleta.

O que fazer

1. Para aquelas pessoas que estão tomando só comprimidos para o diabetes: deixe para tomá-los após colher o exame e tomar o café da manhã

2. Para aqueles que usam insulina: aplicar apenas após a coleta do sangue e tomar o café da manhã, para evitar a hipoglicemia

A maior parte dos exames de laboratório não necessita de 12 horas de jejum, como recomendado pelos laboratórios. Somente a dosagem de colesterol e triglicerídeos tem essa exigência. A maioria dos outros exames necessita de 8 horas de jejum.
Se tiver que ficar mais tempo em jejum, dose a glicemia antes de sair para o laboratório. Se estiver abaixo de 90, deixe para colher em outro dia. Você ainda vai ficar muito tempo sem se alimentar, e a glicemia corre o risco de cair mais e chegar a hipoglicemia (< 60mg/dl).
Leve sempre algo para comer quando sair para o laboratório. Se você tiver sintomas de hipoglicemia, mesmo que leves, alimente-se e deixe para colher o exame em outro dia.

Cuidado com a hipoglicemia, ela pode ser mais grave que a glicemia elevada. Aprenda a reconhecer os sintomas e como revertê-la - clique aqui

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Um acompanhamento fácil e delicioso para qualquer refeição

Arroz integral com abobrinha

Transforme o mais saudável dos acompanhamentos, o arroz integral, numa saborosíssima preparação. Vai bem com peixes, aves e carnes.

Ingredientes

2 xícaras (chá) de arroz integral do tipo cateto
2 dentes de alho
1 colher (sopa) de azeite de oliva
7 xícaras (chá) de água
1 abobrinha italiana
raspas de 1 limão siciliano
sal a gosto

 

Modo de Preparo

1. Numa tábua, descasque e pique fino os dentes de alho.

2. Leve uma panela média com o azeite ao fogo médio. Quando esquentar, coloque o alho e refogue rapidamente, sem deixar dourar. Adicione o arroz integral e misture bem. Tempere com uma pitada de sal.

3. Junte a água e deixe o arroz cozinhar, com a tampa entreaberta, por 30 minutos ou até secar. Enquanto isso, prepare a abobrinha.

4. Sobre a tábua, corte no sentido do comprimento uma fatia de 0,5 cm de espessura de um dos lados da abobrinha. Repita este procedimento com os outros lados da abobrinha. Despreze o miolo. Corte as cascas em cubinhos de 0,5 cm.

5. Quando a água tiver secado e o arroz já estiver cozido, junte a abobrinha, as raspas e o suco de limão siciliano e misture novamente. Desligue o fogo, tampe a panela e deixe cozinhar no próprio vapor por 5 minutos. Sirva a seguir.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dieta e exercício são fundamentais!!!

Se você ainda não se convenceu que reeducação alimentar e atividade física regular são o passo inicial para perder peso e ganhar saúde, veja a reportagem do Fantástico:

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1665804-15605,00.html

Depois de 90 dias, Zeca e Renata perdem quilos e ganham saúde

Renata adotou de vez a bicicleta e conseguiu subir pedalando o caminho até o Cristo Redentor. Zeca, por sua vez, conseguiu dar uma volta inteira na Lagoa.

Renata Ceribelli e Zeca Camargo voltaram aos consultórios médicos para saber os resultados dos exames e descobrir se depois de três meses entraram ou não na medida certa.

. Veja o antes e o depois dos apresentadores
. Assista todos os episódios
. Internautas entram no clima do Medida Certa
. Zeca e Renata convocam público para caminhada

E o Márcio Atalla não contou para quantos quilos eles perderam. A temida subida na balança rolou no domingo no Fantástico.

Muita coisa mudou nesses três meses: na forma física e na alimentação. Agora eles não são mais turistas na academia. Renata Ceribelli adotou de vez a bicicleta e conseguiu subir pedalando o caminho até o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Zeca Camargo, por sua vez, conseguiu dar uma volta inteira na Lagoa Rodrigo de Freitas. E até a série de exercícios para que o Atalla passou para fazer em casa viraram tarefa fácil. Inclusive pular corda!

Depois de 90 dias reprogramando o corpo, eles perderam quilos e ganharam saúde.


Tenha sempre na cabeça que o cuidado com a saúde é para sempre! Dieta e exercício não tem data para acabar!!!!

População com diabetes mais que dobra em 30 anos

Estudo com dados de 199 países e territórios mostra que mundo tem hoje cerca de 350 milhões de diabéticos

Envelhecimento e crescimento da população e aumento das taxas de obesidade levam à epidemia
MARIANA VERSOLATO DE SÃO PAULO - Folha SP

O número de adultos com diabetes no mundo mais que dobrou nas últimas três décadas, chegando a quase 350 milhões de pessoas.
A conclusão é de um estudo global publicado na prestigiosa revista médica "Lancet". Foram levantados dados de 199 países e territórios, de 1980 a 2008.
O número é bem maior do que o que constava em uma previsão publicada em 2009 no periódico "Diabetes Research and Clinical Practice", que estimava o número de diabéticos em 285 milhões.
As diferenças podem ser explicadas pelo maior número de estudos usados pela pesquisa do "Lancet" e pela diferença de metodologias.
O estudo foi conduzido por pesquisadores do Imperial College London e de Harvard, e teve apoio da Organização Mundial da Saúde.
Dos 347 milhões de pessoas no mundo que têm diabetes, 40% estão na China e na Índia, e outros 10%, nos Estados Unidos e na Rússia.

OBESIDADE
Grande parte desse aumento (70%), segundo a pesquisa, se deve ao crescimento e ao envelhecimento da população (o que aumenta o risco de diabetes).
Há também uma parcela de "culpa" no aumento mundial do IMC (Índice de Massa Corpórea), principalmente entre as mulheres, de acordo com a pesquisa.
Mas, segundo Marcos Tambascia, professor de endocrinologia da Unicamp, devem haver outros aspectos que levam a essa epidemia, já que em outras doenças metabólicas, como hipertensão, não tem ocorrido esse aumento.
Ele diz que, no caso de pré-hipertensão, é indicado tratamento medicamentoso e, para o aumento de glicemia, mas ainda sem diagnóstico de diabetes, é proposto apenas mudança do estilo de vida, com pouco efeito clínico.
"Talvez seja necessário rever a conduta para o tratamento do aumento global da glicemia, já que esse fato aumenta consideravelmente o risco cardiovascular."

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sorvetes e frozen yogurt não têm bom valor nutricional

Apesar de terem leite entre seus ingredientes principais, sorvetes e frozen yogurts não são boa fonte de cálcio e vitamina D.

Segundo Suzy Weems, nutricionista da Universidade de Baylor e ex-chefe da Associação Americana de Dieta, esses alimentos têm cálcio junto com a vitamina D, vitamina A e algumas das vitaminas B, todos em mínimas quantidades, além de cerca de 2,5 a 3 gramas de proteína.

Além disso, têm muitas calorias. O sorvete tem cerca de 145 calorias para meia xícara do sabor baunilha e cerca de 160 para chocolate. O frozen yogurt tem menos calorias - 117 por meia xícara de baunilha - e um pouco mais de cálcio e proteína, Weems disse, mas é praticamente igual ao sorvete em termos de valor nutritivo.
 

Portanto, procure ter uma dieta saudável em todos os aspectos, unindo poucas calorias, principalmente as provenientes de gorduras, com boa quantidade de proteínas, vitaminas e outros minerais.
Cuide da sua alimentação e sua saúde agradecerá!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Muito cuidado com "milagres" para perder peso! Saiba o que você está comendo!!

 



ANVISA publica hoje alerta sobre uso do suplemento de cereais e grãos


Na moda em dietas, as "rações humanas", compostas de cereais e fibras e encontradas em mercados em todo o país, estão na mira da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A agência vai divulgar hoje um alerta de que a substituição de uma refeição por esse produto traz riscos à saúde, já que ele não tem todos os nutrientes necessários para a alimentação saudável. A nota também deve dizer que os produtos não podem usar o nome de "ração humana" nem colocar no rótulo propriedades medicinais, como redução de colesterol. Estão liberadas frases que informem que o composto faz bem para a saúde (por exemplo, que melhora o funcionamento do intestino). Mas, para isso, os fabricantes terão que pedir o registro do alimento na Anvisa e apresentar estudos que demonstrem essas características.

A iniciativa surgiu após questionamentos de órgãos de vigilância estaduais sobre esses produtos, afirma Ana Cláudia Araujo, especialista em alimentos da Anvisa. "O nome 'ração humana' pode induzir o consumidor a engano e não diz claramente o que é aquele alimento." Segundo ela, alimentos vendidos com essa nomenclatura já estão em desacordo com a legislação sanitária.

As empresas responsáveis devem ser notificadas e receberão um prazo para cumprir a medida. Caso isso não ocorra, estão sujeitas a multa de até R$ 1,5 milhão.

SACIEDADE
Segundo a nutricionista Cristiane Coronel, o crescimento do mercado de ração humana se deve principalmente ao fato de o produto, por ter muitas fibras, aumentar a sensação de saciedade.

Pioneira nesse mercado, a empresa Takinutri afirma ter o produto disponível em 1.300 pontos de venda.
Lica Takagui Dias, uma das sócias, diz que o objetivo do produto não é substituir refeições, mas melhorar o funcionamento do intestino.

A nutricionista Daniela Jobst, do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional, diz indicar aos seus pacientes produtos do tipo para casos em que há carência de fibras -nunca, no entanto, para substituir uma refeição. Se isso for feito, alerta, faltarão nutrientes, principalmente proteínas, que não estão em grande quantidade nos compostos.

Já Valéria Paschoal, da VP Consultoria Nutricional, vê com preocupação o crescimento do mercado de ração humana. "Ela estabelece um padrão diário de alimentação, mas a regra básica da nutrição é a variedade dos alimentos", afirma. Segundo ela, o consumo exagerado pode causar hipersensibilidade, que leva a problemas como queda de cabelo e cansaço físico.


Portanto, tome sempre cuidado com o que ouve e siga orinetações de seu endocrinologista ou nutricionista. Não se deixe enganar por soluções milagrosas. Isso pode te trazer outros problemas no futuro.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Hormônios Bioidênticos

fonte: site Sociedade Brasileira de endocrinologia e metabologia

Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro e o crescimento do número de idosos no país, cada vez mais médicos e especialistas se deparam com questões relacionadas às terapias contra o envelhecimento. Uma delas é a reposição hormonal.

Muito se fala, hoje, dos chamados Hormônios Bioidênticos, substâncias hormonais que possuem exatamente a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios produzidos no corpo humano. A nomenclatura, no entanto, está sendo utilizada, indevidamente, apenas para os hormônios manipulados, como se fossem novas opções de tratamento quando, na verdade, há muito tempo hormônios bioidênticos são produzidos em indústrias farmacêuticas e estão disponíveis nas farmácias.

Para o Dr. Ricardo Meirelles, o uso do termo vem sendo feito com objetivos evidentemente comerciais, como uma forma de marketing. "Na realidade, quando um endocrinologista prescreve tiroxina (hormônio tiroidiano), estradiol e progesterona natural (hormônios ovarianos), testosterona (hormônio masculino), hormônio do crescimento e outros, está receitando hormônios bioidênticos, no sentido de que são hormônios cuja fórmula molecular é igual à dos produzidos pelo corpo humano", afirma.

De acordo com a Dra. Ruth Clapauch*, o uso dos bioidênticos pode ser apropriado, porém devem ser utilizados com cautela. "Eles são importantes para controlar os níveis hormonais no organismo, repondo o que falta no nosso corpo, mas somente um endocrinologista estará apto para receitá-los de maneira correta, na dose ideal, evitando complicações futuras", afirma. Para ela, médicos devem estar atentos e dar preferência na prescrição médica a produtos produzidos com tecnologia de ponta e não artesanalmente, onde possa estar garantido o grau de pureza, dosagem, estabilidade, absorção, eficácia e segurança. "Fórmulas manipuladas podem apresentar diferenças em relação a substâncias testadas pela indústria farmacêutica, que passaram por estudos em laboratório, em animais e em pessoas antes que fossem aprovadas para comercialização", afirma.

A doutora relembra o posicionamento Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos. Ele adverte que a fabricação individualizada de um hormônio, a tal "customização", é praticamente impossível de ser alcançada "porque os níveis de hormônio no sangue são difíceis de medir e regular devido às variações fisiológicas". Além disso, segundo o posicionamento, não há estudos que atestem os benefícios e riscos dos bioidênticos manipulados.

A especialista concorda com o texto. "Muitos dos manipulados não são controlados pelos órgãos de vigilância sanitária, ao contrário daqueles fabricados pelos grandes laboratórios, que foram testados e estudados", afirma. "Com hormônios industrializados, fica mais fácil para que o endocrinologista individualize a reposição hormonal, já que não existem oscilações nem inconsistência na quantidade das substâncias", completa.

Embora muitos médicos defendam que os bioidênticos sejam a chave para reduzir o processo de envelhecimento do corpo de maneira natural, nada está comprovado cientificamente e a população deve tomar cuidado com tais promessas. "Alguns especialistas defendem o fato de que os bioidênticos manipulados são naturais e, por causa disso, o organismo seria capaz de metabolizá-lo da mesma forma que faria com um hormônio do próprio corpo. No entanto, eles são produzidos de maneira artificial, e sofrem alterações em sua estrutura química", alerta a Dra. Ruth.
 
Dra. Ruth Clapauch é vice-presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia, autora de diversos artigos em revistas científicas nacionais e internacionais sobre reposição hormonal

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Como reconhecer o hipotireoidismo?

O hipotireoidismo é o distúrbio da tireóide em que há uma diminuição de produção de seus hormônios (T4 e T3).
Mas quais as implicações desses hormônios diminuídos? Você saberia reconhecer uma alteração na sua tireóide?

No início, os sintomas do hipotireoidismo são muito sutis. A pessoa sente um pouco de cansaço, desânimo, falta de vontade de fazer as atividade habituais. Em geral, todos atribuem essas queixas ao estresse do dia-a-dia, ao estilo de vida inadequado que têm levado. Esses sintomas são gradativos, a maioria das pessoas se acostuma a eles e não percebe que precisa procurar ajuda.


Além desses sintomas mencionados, o indivíduo pode apresentar:
- diminuição da frequência cardíaca
- diminuição do ritmo intestinal, com obstipação
- lentificação do pensamento, com tendência a sonolência e depressão
- maior tendência a edema (inchaço) nas pernas, rosto, mãos
           ** o aumento de peso nesses pacientes é pelo próprio edema, e não por acúmulo de gordura, como muitas pessoas tentam justificar
- pele fria e seca
- diminuição da libido
- alterações menstruais nas mulheres

Se a doença não for reconhecida e demorar muito a ser tratada (em alguns casos, pode levar anos para o paciente procurar o médico), pode ser grave e fatal. O hormônio tireoideano é essencial ao bom andamento do organismo. No início, o corpo tenta se adaptar, mas a falta prolongada do hormônio pode levar até ao coma e edema generalizado, atrapalhando a função do coração, intestino, pulmões.

O diagnóstico do hipotireoidismo é facilmente feito com a dosagem do TSH (hormônio tireostimulante).
Portanto, se você reconhece esses sintomas ou conhece alguém que tem se queixado deles, é só procurar um endocrinologista e dosar o TSH! Não deixe de cuidar da sua saúde!!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cálcio é mesmo tão importante para a saúde?

O cálcio é o mineral mais importante do nosso organismo. Além de ser o principal constituinte dos ossos, é essencial para muitas outras funções: contração muscular, coagulação sanguínea, transmissão de impulsos nervosos, reações químicas dentro de inúmeras células, liberação de hormônios, etc
Os ossos e dentes são a principal fonte de reserva do cálcio, 99% de todo o cálcio do nosso corpo está armazenado nesses tecidos.

Para que todas as funções dependentes de cálcio sejam realizadas adequadamente, é preciso que os níveis no sangue estejam sempre dentro do ideal. Quando há falta de cálcio no sangue, o organismo precisa retirar das reservas, provocando doenças ósseas, como raquitismo e osteoporose.

A principal fonte de cálcio do organismo é a dieta. Portanto, a quantidade de cálcio na dieta deve ser adequada desde a infância, fase em que há maior formação dos ossos e dentes, até a 3a idade, quando há perda óssea e diminuição do estoque de cálcio.

As quantidades ideais diárias de cálcio para cada fase da vida estão colocadas a seguir (considerando que os indivíduos sejam saudáveis):

crianças até 8 anos - 1000mg
9 a 18 anos - 1300mg
19 a 50 anos - 1000mg
acima de 50 anos - 1200mg
* gestantes ou lactantes 14 a 18 anos - 1300mg; acima de 18 anos - 1000mg

As principais fontes de cálcio na dieta são: leite e derivados, peixes como sardinha e salmão, vegetais verdes e de folhas largas, como brócolis, couve, repolho, mostarda.
Um bom cálculo é considerar que a dieta geral nos dá 100 a 200mg de cálcio ao dia e cada copo de leite (200ml de leite, sem misturar com café), pote de iogurte ou pedaço de queijo branco (ou 2 fatias de queijo prato) tem mais 200mg de cálcio.

E é sempre importante lembrar que o cálcio depende da vitamina D para ser bem absorvido no intestino. A vitamina D tem como fonte principal o sol, mas também está presente em pequenas quantidades nos derivados de leite, ovos e fígado. Procure no supermercado produtos que tenham adição de cálcio e vitamina D, para melhorar a ingestão.

Procure seu endocrinologista e saiba quais são os exames necessários para avaliar seu cálcio e vitamina D. E converse sempre com ele sobre sua dieta, para mantê-la sempre saudável!! Cuide de você!!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dráuzio Varella explica tudo sobre a alimentação no diabetes

Muitas vezes nesse blog, já foi mencionado o quanto é importante a alimentação no diabetes. Comer direito faz parte do tratamento, é como se fosse parte da medicação. Isso vale tanto para diabetes tipo 1, quanto para o tipo 2.

Mas, infelizmente, a minoria dos pacientes diabéticos se convence disso... Não importa o quanto o médico explique, isso depende do paciente.

Então, para que fique ainda mais clara essa importância, acesse o link abaixo e assista a reportagem do Dr Dráuzio Varella no Fantástico de ontem:
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1661427-15607-428,00.html


Cuide de você!!! Coma direito se você tem diabetes e, mais importante, coma direito para não ter diabetes!!! Converse com seu endocrinologista!!!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Dicas para diabéticos 9

Diabético pode fazer dieta para perder peso?

Em primeiro lugar, todas as pessoas acima do peso, diabéticas ou não, deveriam fazer uma reeducação alimentar. Fazer dietas radicais para perda rápida de peso não funcionam a longo prazo e podem trazer complicações.
Pessoas diabéticas que resolvem fazer regimes radicais ou sem orientação médica podem ter hipoglicemia se estiverem tomando insulina ou mesmo comprimidos hipoglicemiantes.


Atenção
  • Em dieta para perda de peso, pode ser necessário diminuir as doses de insulina ou comprimidos para o diabetes, à medida que se perde peso, para evitar o risco de hipoglicemia. Muitas vezes, só de se iniciar a dieta, com ingetão menor de comida, já é necessário diminuir a medicação para o diabetes, pois as glicemias melhoram progressivamente.
  • Se a pessoa desistir da dieta e voltar a comer mais, será necessário voltar às doses de insulina ou comprimidos anteriores, apra manter os níveis de glicemia.
  •  As dietas para perda de peso para quem tem diabetes devem ser balanceadas e orientadas pelo endocrinologista e/ou nutricionista.
Nunca mude seu tratamento sem orientação do seu médico. Vá sempre ao seu endocrinologista!!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Diabetes é doença grave, sim!!

Se você ainda acha que diabetes é uma doença como outra qualquer, acesse o link abaixo e assita a reportagem do médico Dráuzio Varella no Fantástico de ontem.

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1660058-15605,00.html

Diabetes traz muito mais complicações do que a maior parte da população pensa. Não deixe a sua doença ou de seus conhecidos chegar a esse ponto!! Procure um endocrinologista o quanto antes!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Opções deliciosas para quem não come carne

Quem não é vegetariano não sabe que existem comidas deliciosas dentro do mundo sem carne. Esse macarrão é um prato delicioso para todos os tipos de gostos!!

Macarrão vegetariano
tempo de preparo: 30min
rendimento: 6 porções
 
Ingredientes
  • 1/2 kg de macarrão tipo parafuso
  • 1 berinjela em cubos, rodelas ou tiras
  • 1 abobrinha em cubos, rodelas ou tiras
  • 2 tomates sem pele e sem sementes picadinhos
  • Orégano
  • 2 colheres de sopa de óleo de girassol ou canola
  • 1 cebola picadinha
  • 2 dentes de alho amassado
  • Cebolinha verde picadinha
  • 250 g de queijo minas light amassado com um garfo

Modo de Preparo
  1. Cozinhe o macarrão em água e sal (al dente)
  2. Enquanto isso, refogue a cebola e o alho, junto com o óleo
  3. Junte a abobrinha e deixe amolecer um pouco
  4. Acrescente a berinjela até que também amoleça, acescente o orégano e a cebolinha verde
  5. Em uma travessa, coloque o macarrão já cozido
  6. Despeje sobre ele o refogado
  7. Misture para incorporar o molho ao macarrão, acrescente o queijo. Se quiser, leve ao forno para derreter um pouco o queijo

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Obesidade na gestação

A obesidade é uma epidemia mundial e sua prevalência tem aumentado em todas as parcelas da população. Entre as mulheres em idade fértil (20 a 39 anos), 29% têm o índice de massa corpórea (IMC) acima de 30kg/m2.

A gestação está na lista dos fatores clássicos desencadeantes da obesidade, mas o início ou manutenção da obesidade nessa fase tem muitos riscos para a mãe e para o bebê.

Numa gestação normal, o ganho de peso ocorre devido a aumento de tecidos maternos e dos produtos da concepção, como descrito abaixo:

       Produtos da concepção
  • Feto 2,7 Kg a 3,6 Kg
  • Líquido aminiótico 0,9 Kg a 1,4 Kg
  • Placenta 0,9 kg a 1,4 kg.
       Aumento dos tecidos maternos
  • Expansão do volume sanguíneo 1,6 kg a 1,8 kg.
  • Expansão do líquido extracelular 0,9 kg a 1,4 kg.
  • Crescimento do útero 1,4 kg a 1,8 kg.
  • Aumento do volume de mamas 0,7 kg a 0,9 kg.
  • Aumento dos depósitos maternos – tecido adiposo 3,6 kg a 4,5 kg.

De acordo com o peso pré-gestacional, é recomendado que a gestante ganhe peso como descrito a seguir:

Estado nutricional antes da gestação - IMC (kg/m2)         Ganho de peso durante a gestação (Kg)
Baixo peso <18,5                                                                     12,5 – 18
Peso adequado 18,5-24,9                                                        11 – 16
Sobrepeso 25,0-29,9                                                               7 – 11,5
Obesidade ≥30,0                                                                     5 – 9
Fonte: Institute of Medicine (IOM-2009)

Mulheres que ganham peso dentro dos limites propostos têm menor chance de ter filhos muito pequenos ou muito grandes para idade gestacional. No entanto, cerca de 2/3 das mulheres ganham mais peso que o recomendado. Isso leva a complicações durante a gestação, além de contribuir para a retenção de peso pós-parto e, assim, para o desenvolvimento da obesidade e suas complicações ao longo da vida.

Efeito da Obesidade na Gestação
A incidência de Diabetes Melito gestacional (DMG) em gestantes obesas é três vezes maior que na população geral. O DMG é muio grave e pode ter consequências importantes para o feto, além de aumentar  a chance da mãe desenvolver diabetes futuramente.
Gestantes obesas também estão expostas a maior risco de hipertensão, parto pós-termo e infecções do trato urinário durante e gestação.

Consequências da Obesidade no Recém-Nascido

A macrossomia fetal (fetos muito grandes, >4kg) é a complicação mais frequente em filhos de gestantes obesas.
Uma maior incidência de anomalias congênitas parece ocorrer em filhos de mulheres obesas, sendo as anomalias mais importantes os defeitos do tubo neural.

Cuide sempre da sua alimentação, principalmente durante a gestação. Esqueça a teoria de que a grávida deve comer por dois!!! Coma adequadamente e converse com seu obstetra. Se precisar, procure sempre um endocrinologista!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Como cuidar do pé diabético?

Você já ouviu falar em "pé diabético"?
Essa é uma condição muito grave que ocorre em pacientes diabéticos. É mais comum naqueles com doença com muitos anos de evolução, mas também ocorre no diabetes com poucos anos mas controle ruim. O mais importante é que é uma complicação que pode ser evitada.

Infecções ou problemas na circulação nos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns em quem tem diabetes mal controlado. Calcula-se que metade dos pacientes com mais de 60 anos apresente o chamado “pé diabético.

Quando as taxas de glicose permanecem altas durante muitos anos, os nervos do corpo começam a ser afetados, o que chamamos de neuropatia. Como consequência, podem surgir úlceras, infecções, isquemia, trombose. Se não for tratado, o pé diabético pode levar à amputação.  Segundo o Ministério da Saúde, 70% das cirurgias para retirada de membros no Brasil têm como causa o diabetes mal controlado: são 55 mil amputações anuais.

Manter a taxa glicêmica sob controle e fazer exames regulares são fundamentais para evitar tais complicações.

  • Sintomas: formigamentos; perda da sensibilidade local; dores; queimação nos pés e nas pernas; sensação de agulhadas; dormência;  fraqueza nas pernas. Tais sintomas podem piorar à noite, ao deitar. Normalmente a pessoa só se dá conta quando está num estágio avançado e quase sempre com uma ferida, ou uma infecção, o que torna o tratamento mais difícil devido aos problemas de circulação.
  • A prevenção é a maneira mais eficaz de evitar a complicação. As medidas principais são manter os níveis da glicemia controlados, fazer exame visual dos pés diariamente e avaliação médica periódica.
  • O paciente deve examinar os pés diariamente em um lugar bem iluminado. Quem não tiver condições de fazê-lo, precisa pedir a ajuda de alguém.  Deve-se verificar a existência de frieiras; cortes; calos; rachaduras; feridas ou alterações de cor. Uma dica é usar um espelho para se ter uma visão completa. Nas consultas, deve-se pedir ao médico que examine os pés. O paciente deve avisar de imediato o médico sobre eventuais alterações.
  • É preciso manter os pés sempre limpos, e usar sempre água morna, e nunca quente, para evitar queimaduras. A toalha deve ser macia. É melhor não esfregar a pele. Mantenha a pele hidratada, mas sem passar creme entre os dedos ou ao redor das unhas. 
  • Use meias sem costura, de preferência brancas (que ficarão sujas se houver uma lesão). O tecido deve ser algodão ou lã, evitar sintéticos, como nylon. 
  • Antes de cortar as unhas, o paciente precisa lavá-las e secá-las bem. Para cortar, usar um alicate apropriado, ou uma tesoura de ponta arredondada.  O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas, e sem tirar a cutícula. Recomenda-se evitar idas a manicures ou pedicures, dando preferência a um profissional treinado, o qual deve ser avisado do diabetes.  O ideal é não cortar os calos, nem usar abrasivos.
  • Os pés devem estar sempre protegidos, inclusive na praia e na piscina. Os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza. Antes de adquiri-los, é importante olhar com atenção para ver se há deformação.  As mulheres devem dar preferência a saltos quadrados, que tenham, no máximo, 3 cm de altura. É melhor evitar sapatos apertados, duros, de plástico, de couro sintético, com ponta fina, saltos muito altos e sandálias que deixam os pés desprotegidos. Além disso, recomenda-se a não utilização de calçados novos, por mais de uma hora por dia, até que estejam macios.

Pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 devem devem passar, regularmente, por uma avaliação dos pés. Não deixe de ir ao seu endocrinologista!!!


segunda-feira, 28 de março de 2011

Quer matar sua fome fora de hora com um lanche saudável e delicioso?

Crumble de aveia com maçã

Este divino crumble de maçã é feito com aveia, rica em magnésio, o nutriente-chave para minimizar aquelas fominhas fora de hora.


Tempo de preparo: Pá Pum
Serve: 4 pessoas 
 

Ingredientes

1 1/2 xícara (chá) de aveia em flocos finos
100 g de manteiga
1 colher (sopa) de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de açúcar mascavo
1 colher (sopa) de uvas-passas
2 colheres (sopa) de nozes picadas
4 maçãs fuji ou maçãs verdes
suco de 1/2 limão
1 colher (sopa) de manteiga para untar


Modo de Preparo

1. Preaqueça o forno a 180°C (temperatura média).

2. Numa panelinha ou no microondas, derreta a manteiga.

3. Numa tigela, misture a aveia, a farinha de trigo, o açúcar mascavo, as uvas- passas e as nozes. Junte a manteiga derretida e misture com as mãos, fazendo uma farofa. Reserve.

4. Descasque as maçãs, corte-as ao meio e retire as sementes. Fatie cada metade, formando meias-luas. Coloque numa tigela, regue com o suco de limão e misture bem, para que não oxidem e fiquem pretas.

5. Unte uma fôrma refratária com manteiga e vá sobrepondo as fatias, todas no mesmo sentido, de modo a formar uma escama. Espalhe a farofa sobre as maçãs e aperte delicadamente. Cubra com papel-alumínio e leve ao forno por 10 minutos. Retire o papel-alumínio e deixe assar por mais 5 minutos ou até que a crosta de aveia esteja dourada. Sirva quente ou frio.

 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Dicas para diabéticos 8

Quando for viajar

Em viagens, é frequente que o controle do diabetes fique alterado, devido à mudança de horários. As modificações em sua rotina exigem revisão no esquema de horários de alimentação e medicação.

O que fazer
Tente manter seus horários o mais próximo possível dos seus horários habituais.
Se estiver usando insulina NPH ou misturas 75/25 ou 70/30 e for levantar muito tarde, acorde no horário habitual, aplique a insulina, tome o café da manhã e volte a dormir.
Se estiver usando insulinas de ação prolongada (Detemir ou Glargina), você pode aplicar a insulina no horário habitual, dormir de novo e deixar para tomar o café da manhã mais tarde.

Se não puder fazer uma refeição normal, coma um sanduíche ou duas frutas e um copo de leite. Nunca fique muito tempo sem se alimentar se você usa insulina.

Como transportar a insulina
A insulina que está em uso não necessita refrigeração. As que não estão sendo usadas devem ser carregadas em bolsas térmicas, com gelo reciclável. Evite o contato direto do gelo com os frascos de insulina.
Não deixe os frascos de insulina em lugares muito quentes (por exemplo, no porta-luvas do carro) ou expostos diretamente ao sol.

Leve sempre o dobro de insulina que você usará, assim, se perder ou quebrar um frasco, você terá suficiente.

Os fabricantes recomendam que as insulinas que ficam fora da geladeira não devem ser usadas por mais de 4 semanas.

Sempre converse com seu endocrinologista para ajustar seu tratamento adequadamente!





segunda-feira, 21 de março de 2011

O preconceito contra o obeso

 


Pacientes com diabetes melito e hipertensão arterial terão direito a receber alguns remédios de graça no Brasil. Sem dúvida nenhuma, isso representa um grande avanço na política de saúde do nosso país. Coisa de Primeiro Mundo!
Mas, ao mesmo tempo, a nossa Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) convoca uma consulta pública para, segundo ela, proibir a comercialização de medicamentos contra a obesidade que funcionam diminuindo o apetite.

Qual é a conexão entre as duas notícias? Simplesmente que o grande fator para hipertensão arterial e diabetes melito é o excesso de peso: mais de 80% dos hipertensos e mais de 90% dos indivíduos com diabetes do tipo 2, aquele que em geral aparece na idade adulta, e que como regra não necessita de insulina, têm excesso de peso.

A que se deve essa incoerência entre prestigiar os remédios contra as consequências (hipertensão e diabetes melito) e condenar os remédios que combatem as causas? Basicamente, a meu ver, é o preconceito contra os obesos, contra os remédios que podem tratá-los e contra os médicos que os tratam.

Venho convivendo com pacientes com excesso de peso há mais de 40 anos. Quando me formei, em 1966, não tinha tido uma única aula sobre obesidade. Só na década de 80 foi que, tendo ficando óbvio que o crescimento da obesidade vinha atingindo proporções epidêmicas, o mundo científico passou a atentar para a doença. Doença, sim!

Doença nas causas, pois é muito mais que falta de força de vontade, desleixo, falta de autoestima, etc., e sim resultado de vários fatores, desde alterações químicas no cérebro a defeitos no metabolismo energético, além de ser também causa de outras doenças (enumerá-las preencheria todo o texto...).

Não houve consideração com a sibutramina, medicamento usado há cerca de 15 anos, bastante útil em aproximadamente 50% dos casos e contraindicada para cerca de 10% dos pacientes obesos (portadores de hipertensão arterial não controlada, arritmia cardíaca, problemas coronarianos ou com história anterior de derrame cerebral. Tudo está na bula do remédio!).

O medicamento foi afastado do mercado na Europa e nos EUA. E, repito, para a maioria das pessoas, inclusive as que participam das agências reguladoras, a obesidade não é doença, é quadro psiquiátrico, não precisa de medicamentos e o problema é resolvido simplesmente com dieta e atividade física. Pura falácia!

No Hospital das Clínicas, onde contamos com um ambulatório pioneiro na América Latina, e no qual foram ou vêm sendo atendidos cerca de 10 mil pacientes, 90% deles tomam remédios. No geral, têm melhora acentuada de quadros.

Para qualquer doença, de qualquer especialidade, a tolerância com os remédios é muito maior. Por quê? Porque essas doenças são consideradas importantes. E obesidade, para boa parte das agências reguladoras, não é. Ou é, mas não necessita de medicamentos.

Enfim, militando há anos nessa área, sinto-me seguro em dizer que o obeso é discriminado e vítima de preconceitos, e que isso tem que mudar. Espero que o movimento intenso que todas as sociedades médicas vêm fazendo contra essa tentativa de abolição da sibutramina e dos anfetamínicos seja passo importante para essa mudança!

ALFREDO HALPERN é professor livre-docente de endocrinologia da Faculdade de Medicina da USP.

segunda-feira, 14 de março de 2011

O que você precisa saber sobre o câncer de tireoide

Os nódulos de tireoide e o câncer de tireoide estão se tornando doenças cada vez mais comuns. Ainda não se sabe o que, exatamente, tem causado o aumento da incidência, mas o maior acesso a exames de imagem pode ser um fator. Hoje em dia, a maioria das mulheres já fez um ultrassom de tireoide "de rotina" e, nesse exame, pode ser encontrado um nódulo nunca antes percebido.


O câncer da tireoide pode ser considerado o mais comum da região da cabeça e pescoço e é três vezes mais freqüente no sexo feminino (1,3% a 3% das mulheres).

Existem vários tipos de câncer de tireoide e os chamados carcinomas diferenciados são os mais freqüentes. Dentre eles existem o carcinoma papilífero, o carcinoma folicular e o carcinoma de células de Hürthle. Entre os carcinomas pouco diferenciados temos carcinomas medulares e os carcinomas indiferenciados.

Sintomas
A presença de um nódulo na tireoide não é indicação da presença de um câncer. Aproximadamente 95% dos nódulos de tireoide são benignos e não requerem tratamento, apenas acompanhamento clínico.

Mas alguns fatores aumentam o risco de um nódulo ser maligno: pacientes com história de irradiação prévia do pescoço, história familiar de câncer da tireoide, nódulo associado a gânglios linfáticos aumentados no pescoço, associado a rouquidão ou nódulo de crescimento rápido. Algumas vezes, nenhum desses fatores está presente.

Diagnóstico
O diagnóstico é feito com o ultrassom associado a punção do nódulo e análise microscópica das células.

Algumas vezes, o resultado da punção pode ser não diagnóstico (poucas células no material para análise) ou inconclusivo (a análise não permite confirmar a benignidade ou malignidade do nódulo). Nesses casos, pode ser indicada nova punção ou acompanhamento com ultrassom em 3 a 6 meses, dependendo das características do nódulo.
  
Tratamento
O tratamento do câncer da tireoide é cirúrgico. A tireoidectomia total ou parcial (em casos indicados) é o tratamento de escolha. O tratamento deve ser complementado com iodo radioativo na maioria dos casos de carcinoma papilífero e folicular.

O iodo radioativo "queima" as células da tireoide que possam ter sobrado após a cirurgia, minimizando o risco de ressurgimento do câncer. Ele tem atração pela tireoide, não ataca outros órgãos do organismo. 

Após a cirurgia, o paciente necessitará repôr o hormônio tireoideano eternamente.

Seguimento
Pacientes com câncer de tireoide não podem perder o acompanhamento médico. Esse câncer é relativamente benigno, mas pode haver metástases e reincidência do câncer em casos graves ou sem tratamento adequado.

Procure sempre seu endocrinologista! Não deixe de cuidar da sua saúde!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Dicas para diabéticos 7

Para misturar insulinas

Muitos pacientes utilizam mistura de dois tipos de insulina ao mesmo tempo, como NPH + Regular ou NPH + ultra-rápida (Lispro/ Asparte/ Glulisina)

Existem canetas específicas para aplicação de insulina e, nesse caso, cada tipo de insulina deve ser aplicado isoladamente. Mas, se você utiliza seringas, pode misturar as duas insulinas na mesma seringa. Sempre inicie a aspiração pela insulina transparente (Regular, NovoRapid/ Asparte, Humalog/ Lispro ou Apidra/ Glulisina) e depois a turva (NPH).

Como fazer
  1. Limpe a tampa do frasco com algodão e álcool, agite levemente o frasco da insulina NPH, até qe a mistura fique bem homogênea, por igual
  2. Injete no frasco da insulina turva a mesma quantidade de ar que você vai aspirar dessa insulina (por exemplo, se vai aspirar 6U, puxe o êmbolo da seringa até o 6 e injete esse ar no frasco); retire a seringa sem aspirar insulina
  3. Usando a mesma seringa, injete ar na mesma quantidade que você vai aspirar de insulina no frasco da insulina Regular ou ultra-rápida
  4. Sem tirar a agulha do frasco, segure o frasco para cima (como na figura) e aspire a insulina transparente. Retire a agulha e introduza-a no frasco de insulina NPH e aspire a quantidade prescrita


IMPORTANTE

Se, por engano, for injetada insulina turva no frasco da insulina transparente, jogue esse frasco fora.
Nunca faça misturas de insulinas que seu médico não tenha orientado - as insulina LEVEMIR/ DETEMIR e LANTUS/GLARGINA NUNCA podem ser misturadas com qualquer outra insulina.

Nunca use medicamentos de maneira não prescrita por seu médico. Vá ao seu endocrinologista regularmente!!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Pesquisadores criam índice para calcular obesidade



   


Novo método desenvolvido nos EUA mede percentual de gordura com mais precisão do que o IMC

RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO

O Índice de Massa Corporal (IMC), usado para medir o grau de magreza ou obesidade de uma pessoa, tem quase 200 anos de idade e defeitos.
Oito pesquisadores liderados por Richard Bergman, da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, criaram "Um Índice Melhor de Adiposidade do Corpo". Esse é o título do artigo científico em que descrevem o método, na revista médica "Obesity".
O novo método chama-se Índice de Adiposidade Corporal (IAC) e usa uma equação e apenas duas medidas -a circunferência do quadril e a altura da pessoa- para chegar à porcentagem de gordura no corpo.
O método tradicional de calcular é obtido ao se dividir o peso da pessoa em quilos pelo quadrado de sua altura em metros. [veja ilustração]
O velho índice foi criado em 1832 pelo matemático e astrônomo belga Lambert Adolphe Jacques Quetelet (1796-1874). O Índice de Quetelet foi rebatizado de IMC em 1972, e depois adotado pela Organização Mundial de Saúde como um método simples de medir a obesidade.


SÓ PARA MAIORES O IMC é impreciso, pois não leva em conta o sexo ou a massa muscular (mulheres têm mais gordura; e músculos pesam mais que gordura). Também não é adequado para menores de 18 anos.
Saber a prevalência de obesidade em uma população é importante em termos de saúde pública. Trata-se de fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão e câncer.
Por exemplo: estudo com 24.508 pessoas de 45 a 79 anos, no Reino Unido, revelou que 1.708 homens e 892 mulheres desenvolveram doença coronária cerca de nove anos depois. Homens com as maiores cinturas em relação aos seus quadris tiveram 55% maior chance de desenvolver a doença; entre elas, o risco foi 91% maior.
Bergman e colegas testaram várias equações para checar qual corresponderia melhor à realidade. Eles tinham a porcentagem de gordura no corpo de duas populações estudadas antes, uma de 1.733 americanos descendentes de mexicanos, outra de 223 afro-americanos.
A gordura tinha sido medida por uma técnica de raio-X, a DXA (sigla em inglês para Absorciometria de Raios-x de Dupla Energia).
A fórmula conseguiu prever com precisão a gordura corporal nos casos acima de 20%; nos casos de gordura de 25% a 30%, a precisão foi total, erro de 0% na estimativa. Apenas nos casos de adiposidade abaixo de 10% a equação não foi tão precisa, indicando um erro de 17,4% a mais de gordura.
"O número de pessoas estudadas ainda é pequeno para generalizar para a população mundial", diz a brasileira Rosana Radominski, presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica). "O percentual de gordura é muito relativo."
Entre o grupo de mexicanos-americanos, o porcentual de gordura medido pela técnica DXA variava de 8,7% a 61,2% da massa corporal. "Acima de 32% já há excesso, 60% vai ser sempre negativo", afirma Radominski.
Os extremos em saúde não costumam ser positivos. "Mas o porcentual pequeno de gordura em um atleta com massa muscular grande não é ruim", diz a médica; afinal, músculo pesa mais, e o atleta tem boa saúde geral.
Já em uma adolescente normal, esse mesmo porcentual de gordura pode significar que a garota está subnutrida e até incapaz de menstruar, com risco grave de desenvolver anorexia.
Os autores do estudo reconhecem que é preciso mais medidas e de diferentes populações para validar o novo índice.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Proibição de emagrecedores gera polêmica entre especialistas

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está analisando a proibição da venda de inibidores de apetite à base de sibutramina e os anfetamínicos. Segundo a Agência, os remédios trazem mais riscos do que benefícios. A medida, no entanto, está gerando polêmica entre os especialistas.
VEja reportagem no site da UOL e informe-se sobre esse assunto.

Um arroz delicioso e saudável para completar qualquer refeição!

ARROZ INTEGRAL LIGHT AO CURRY

Sem nenhum mistério, esta é uma receita tão fácil de fazer que até criança prepara. Claro, com a supervisão de um adulto.

Tempo de preparo: Pá Pum
Serve: 4 porções
POR PORÇÃO: 174 CALORIAS

Ingredientes
1 xícara (chá) de arroz integral
2 1/4 xícaras (chá) de água
2 colheres (chá) de curry em pó
1 pitada de sal

Modo de Preparo

1. Num recipiente refratário, coloque todos os ingredientes e misture bem.
2. Cubra o recipiente com filme-plástico e faça 4 furinhos com um palito.
3. Leve o recipiente ao microondas e deixe cozinhar por 27 minutos, em potência alta.
4. Retire o recipiente do microondas e deixe descansar por 5 minutos. Retire o filme-plástico e sirva a seguir.