terça-feira, 20 de setembro de 2011

Reportagem da FOLHA DE SÃO PAULO

Diabéticos têm dificuldade de achar medicamento Victoza

Publicidade
MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO 


A corrida para comprar o remédio Victoza (liraglutida), indicado para o tratamento de diabetes mas cada vez mais usado para emagrecer, pode deixar os pacientes que realmente precisam do medicamento na mão.
Segundo o endocrinologista Ricardo Meirelles, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, que atua no Rio, metade dos seus pacientes que usam o Victoza se queixa de dificuldade para comprar a droga.

Ele estima que dez pacientes seus usem o remédio. "O número não é grande porque se trata de um medicamento novo e caro [cerca de R$ 400]", explica. Meirelles diz que não está recomendando aos diabéticos que se adaptam bem ao Byetta, droga de efeito similar ao do Victoza, a mudar de remédio. "Mas o Victoza atrai os pacientes novos porque tem só uma aplicação ao dia em vez de duas do Byetta."





O endocrinologista Antonio Carlos Lerário, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes, também tem poucos pacientes usando o remédio, por causa do preço. "O Victoza vendeu como nunca depois da reportagem da revista 'Veja'. Fora do Brasil não houve esse furor."

Na edição de 7 de setembro, a revista "Veja" publicou uma reportagem de capa sobre a droga, chamando o Victoza de "bala de prata" contra o excesso de peso. Na semana seguinte, a Vigilância Sanitária divulgou um alerta afirmando que o remédio não é recomendado para emagrecer, podendo causar hipoglicemia, náusea, diarreia, pancreatite e distúrbios da tireoide.

Como estudos mostram que o Victoza leva à perda de peso, alguns médicos já o receitam para tratar obesidade. Esse tipo de indicação é conhecido como "off label" (fora da bula).

LISTA DE ESPERA
 
Um comunicado da Sociedade Brasileira de Diabetes afirma que aumento da procura pelo Victoza causa impacto no preço e na disponibilidade da droga.
"Em Belo Horizonte, o Victoza está em R$ 394 e o estoque, esgotado, tem previsão de reposição só para daqui a uma semana", diz a nota.
A reportagem da Folha procurou o remédio em dez grandes farmácias de São Paulo e não encontrou o Victoza em nenhuma. Algumas lojas têm listas de espera com 25 pessoas.

Já em três distribuidores de remédios especiais (que precisam de refrigeração no transporte), o Victoza foi encontrado para pronta-entrega, por até R$ 400.
"As farmácias mantêm estoques pequenos. Por isso indico as lojas de medicamentos especiais", diz o endocrinologista Marcos Tambascia, professor da Unicamp.
A Novo Nordisk, fabricante do Victoza, diz que as vendas da droga estão normais.


Procure sempre um endocrinologista antes de inicar um tratamento adequado, seja para diabetes ou para perder peso. Não faça auto-medicação e não compre medicamentos em sites duvidosos!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Metade dos americanos será obesa em 2030!!

Fonte: MedPage Today



Se a epidemia de obesidade continuar crescendo sem controle, 50% da população adulta dos EUA será obesa (IMC >30) em 2030.

Dados do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) de 1988 a 2008 permitem uma projeção de mais de 65 milhões de adultos obesos nos EUA nessa época. Entre homens e mulheres de 40 a 50 anos, aproximadamente 60% serão obesos!

Ainda com esses dados, é possível prever os seguintes impactos na saúde:
  • 6 a 8,5 milhões de pessoas com diabetes
  • 5,7 a 7,3 milhões de novos casos de doenças do coração e derrame
  • 490 a 670 mil novos casos de câncer
A Grã-Bretanha é outro país com aumento progressivo da incidência de obesidade. Os índices são menores que os americanos, mas com a mesma velocidade de aumento. Mantendo-se as taxas atuais, em 2030, 40% dos homens e 35% das mulheres serão obesos.

Um achado importante do estudo foi o aumento expressivo de obesidade em pessoas com mais de 60 anos. Dos 65 milhões de obesos em 2030, 24 milhões estarão nessa faixa etária. Essa população já é a mais doente e mais cara em termos de custos com saúde. Os efeitos na saúde e também na economia serão imensos.


Faça sua parte, cuide da sua saúde, coma direito e faça atividade física. Não deixe o Brasil entrar nessa estatística também!!!