segunda-feira, 30 de maio de 2011

Hormônios Bioidênticos

fonte: site Sociedade Brasileira de endocrinologia e metabologia

Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro e o crescimento do número de idosos no país, cada vez mais médicos e especialistas se deparam com questões relacionadas às terapias contra o envelhecimento. Uma delas é a reposição hormonal.

Muito se fala, hoje, dos chamados Hormônios Bioidênticos, substâncias hormonais que possuem exatamente a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios produzidos no corpo humano. A nomenclatura, no entanto, está sendo utilizada, indevidamente, apenas para os hormônios manipulados, como se fossem novas opções de tratamento quando, na verdade, há muito tempo hormônios bioidênticos são produzidos em indústrias farmacêuticas e estão disponíveis nas farmácias.

Para o Dr. Ricardo Meirelles, o uso do termo vem sendo feito com objetivos evidentemente comerciais, como uma forma de marketing. "Na realidade, quando um endocrinologista prescreve tiroxina (hormônio tiroidiano), estradiol e progesterona natural (hormônios ovarianos), testosterona (hormônio masculino), hormônio do crescimento e outros, está receitando hormônios bioidênticos, no sentido de que são hormônios cuja fórmula molecular é igual à dos produzidos pelo corpo humano", afirma.

De acordo com a Dra. Ruth Clapauch*, o uso dos bioidênticos pode ser apropriado, porém devem ser utilizados com cautela. "Eles são importantes para controlar os níveis hormonais no organismo, repondo o que falta no nosso corpo, mas somente um endocrinologista estará apto para receitá-los de maneira correta, na dose ideal, evitando complicações futuras", afirma. Para ela, médicos devem estar atentos e dar preferência na prescrição médica a produtos produzidos com tecnologia de ponta e não artesanalmente, onde possa estar garantido o grau de pureza, dosagem, estabilidade, absorção, eficácia e segurança. "Fórmulas manipuladas podem apresentar diferenças em relação a substâncias testadas pela indústria farmacêutica, que passaram por estudos em laboratório, em animais e em pessoas antes que fossem aprovadas para comercialização", afirma.

A doutora relembra o posicionamento Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos. Ele adverte que a fabricação individualizada de um hormônio, a tal "customização", é praticamente impossível de ser alcançada "porque os níveis de hormônio no sangue são difíceis de medir e regular devido às variações fisiológicas". Além disso, segundo o posicionamento, não há estudos que atestem os benefícios e riscos dos bioidênticos manipulados.

A especialista concorda com o texto. "Muitos dos manipulados não são controlados pelos órgãos de vigilância sanitária, ao contrário daqueles fabricados pelos grandes laboratórios, que foram testados e estudados", afirma. "Com hormônios industrializados, fica mais fácil para que o endocrinologista individualize a reposição hormonal, já que não existem oscilações nem inconsistência na quantidade das substâncias", completa.

Embora muitos médicos defendam que os bioidênticos sejam a chave para reduzir o processo de envelhecimento do corpo de maneira natural, nada está comprovado cientificamente e a população deve tomar cuidado com tais promessas. "Alguns especialistas defendem o fato de que os bioidênticos manipulados são naturais e, por causa disso, o organismo seria capaz de metabolizá-lo da mesma forma que faria com um hormônio do próprio corpo. No entanto, eles são produzidos de maneira artificial, e sofrem alterações em sua estrutura química", alerta a Dra. Ruth.
 
Dra. Ruth Clapauch é vice-presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia, autora de diversos artigos em revistas científicas nacionais e internacionais sobre reposição hormonal

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Como reconhecer o hipotireoidismo?

O hipotireoidismo é o distúrbio da tireóide em que há uma diminuição de produção de seus hormônios (T4 e T3).
Mas quais as implicações desses hormônios diminuídos? Você saberia reconhecer uma alteração na sua tireóide?

No início, os sintomas do hipotireoidismo são muito sutis. A pessoa sente um pouco de cansaço, desânimo, falta de vontade de fazer as atividade habituais. Em geral, todos atribuem essas queixas ao estresse do dia-a-dia, ao estilo de vida inadequado que têm levado. Esses sintomas são gradativos, a maioria das pessoas se acostuma a eles e não percebe que precisa procurar ajuda.


Além desses sintomas mencionados, o indivíduo pode apresentar:
- diminuição da frequência cardíaca
- diminuição do ritmo intestinal, com obstipação
- lentificação do pensamento, com tendência a sonolência e depressão
- maior tendência a edema (inchaço) nas pernas, rosto, mãos
           ** o aumento de peso nesses pacientes é pelo próprio edema, e não por acúmulo de gordura, como muitas pessoas tentam justificar
- pele fria e seca
- diminuição da libido
- alterações menstruais nas mulheres

Se a doença não for reconhecida e demorar muito a ser tratada (em alguns casos, pode levar anos para o paciente procurar o médico), pode ser grave e fatal. O hormônio tireoideano é essencial ao bom andamento do organismo. No início, o corpo tenta se adaptar, mas a falta prolongada do hormônio pode levar até ao coma e edema generalizado, atrapalhando a função do coração, intestino, pulmões.

O diagnóstico do hipotireoidismo é facilmente feito com a dosagem do TSH (hormônio tireostimulante).
Portanto, se você reconhece esses sintomas ou conhece alguém que tem se queixado deles, é só procurar um endocrinologista e dosar o TSH! Não deixe de cuidar da sua saúde!!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cálcio é mesmo tão importante para a saúde?

O cálcio é o mineral mais importante do nosso organismo. Além de ser o principal constituinte dos ossos, é essencial para muitas outras funções: contração muscular, coagulação sanguínea, transmissão de impulsos nervosos, reações químicas dentro de inúmeras células, liberação de hormônios, etc
Os ossos e dentes são a principal fonte de reserva do cálcio, 99% de todo o cálcio do nosso corpo está armazenado nesses tecidos.

Para que todas as funções dependentes de cálcio sejam realizadas adequadamente, é preciso que os níveis no sangue estejam sempre dentro do ideal. Quando há falta de cálcio no sangue, o organismo precisa retirar das reservas, provocando doenças ósseas, como raquitismo e osteoporose.

A principal fonte de cálcio do organismo é a dieta. Portanto, a quantidade de cálcio na dieta deve ser adequada desde a infância, fase em que há maior formação dos ossos e dentes, até a 3a idade, quando há perda óssea e diminuição do estoque de cálcio.

As quantidades ideais diárias de cálcio para cada fase da vida estão colocadas a seguir (considerando que os indivíduos sejam saudáveis):

crianças até 8 anos - 1000mg
9 a 18 anos - 1300mg
19 a 50 anos - 1000mg
acima de 50 anos - 1200mg
* gestantes ou lactantes 14 a 18 anos - 1300mg; acima de 18 anos - 1000mg

As principais fontes de cálcio na dieta são: leite e derivados, peixes como sardinha e salmão, vegetais verdes e de folhas largas, como brócolis, couve, repolho, mostarda.
Um bom cálculo é considerar que a dieta geral nos dá 100 a 200mg de cálcio ao dia e cada copo de leite (200ml de leite, sem misturar com café), pote de iogurte ou pedaço de queijo branco (ou 2 fatias de queijo prato) tem mais 200mg de cálcio.

E é sempre importante lembrar que o cálcio depende da vitamina D para ser bem absorvido no intestino. A vitamina D tem como fonte principal o sol, mas também está presente em pequenas quantidades nos derivados de leite, ovos e fígado. Procure no supermercado produtos que tenham adição de cálcio e vitamina D, para melhorar a ingestão.

Procure seu endocrinologista e saiba quais são os exames necessários para avaliar seu cálcio e vitamina D. E converse sempre com ele sobre sua dieta, para mantê-la sempre saudável!! Cuide de você!!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dráuzio Varella explica tudo sobre a alimentação no diabetes

Muitas vezes nesse blog, já foi mencionado o quanto é importante a alimentação no diabetes. Comer direito faz parte do tratamento, é como se fosse parte da medicação. Isso vale tanto para diabetes tipo 1, quanto para o tipo 2.

Mas, infelizmente, a minoria dos pacientes diabéticos se convence disso... Não importa o quanto o médico explique, isso depende do paciente.

Então, para que fique ainda mais clara essa importância, acesse o link abaixo e assista a reportagem do Dr Dráuzio Varella no Fantástico de ontem:
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1661427-15607-428,00.html


Cuide de você!!! Coma direito se você tem diabetes e, mais importante, coma direito para não ter diabetes!!! Converse com seu endocrinologista!!!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Dicas para diabéticos 9

Diabético pode fazer dieta para perder peso?

Em primeiro lugar, todas as pessoas acima do peso, diabéticas ou não, deveriam fazer uma reeducação alimentar. Fazer dietas radicais para perda rápida de peso não funcionam a longo prazo e podem trazer complicações.
Pessoas diabéticas que resolvem fazer regimes radicais ou sem orientação médica podem ter hipoglicemia se estiverem tomando insulina ou mesmo comprimidos hipoglicemiantes.


Atenção
  • Em dieta para perda de peso, pode ser necessário diminuir as doses de insulina ou comprimidos para o diabetes, à medida que se perde peso, para evitar o risco de hipoglicemia. Muitas vezes, só de se iniciar a dieta, com ingetão menor de comida, já é necessário diminuir a medicação para o diabetes, pois as glicemias melhoram progressivamente.
  • Se a pessoa desistir da dieta e voltar a comer mais, será necessário voltar às doses de insulina ou comprimidos anteriores, apra manter os níveis de glicemia.
  •  As dietas para perda de peso para quem tem diabetes devem ser balanceadas e orientadas pelo endocrinologista e/ou nutricionista.
Nunca mude seu tratamento sem orientação do seu médico. Vá sempre ao seu endocrinologista!!