segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Síndrome de Ovários Policísticos

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma doença endocrinológica caracterizada pelo aumento da produção de hormônios masculinos nas mulheres.

Para o diagnóstico da SOP, devem estar presentes, pelo menos, dois dos seguintes componentes:
- irregularidade menstrual - ausência de menstruação por mais de dois meses (excluída gestação) ou ciclos com duração variável
- sinais de aumento dos hormônios masculinos - aumento dos pêlos em locais não usuais (por exemplo, bigode, seios, barriga, queixo), acne, queda de cabelo; ou aumento dos hormônios masculinos em exames de sangue (testosterona, DHEAs, androstenediona)
- ultrassom dos ovários com ovários aumentados ou com muitos cistos pequenos e na periferia dos ovários


A SOP acomete de 5% a 10% da população feminina em idade fértil, sendo responsável por 85% dos casos de irregularidade menstrual em jovens.

Em geral, essas mulheres têm dificuldade em perder peso e resistência à insulina. A resistência à insulina parece ser a causa de toda a síndrome e, em consequência, grande parte das pacientes pode desenvolver diabetes no futuro. Essas mulheres também podem apresentar infertilidade e câncer de endométrio (parte interna do útero), além de aumento do colesterol e maior risco de eventos cardiovasculares (infarto, derrame), em relação a mulheres com mesmo IMC (índice de massa corpórea), mas sem SOP.

O tratamento da SOP começa pela melhora do estilo de vida e perda de peso, com reeducação alimentar e atividade física. Só a mudança no estilo de vida já pode melhorar a infertilidade e diminuir o risco de diabetes, mesmo antes da perda de peso.

Dentre as opções medicamentosas, os anticoncepcionais orais têm sido muito utilizados e são seguros e eficazes para a maioria das mulheres. Por ser uma síndrome, com vários sintomas, o tratamento deve englobar diversos medicamentos, como hipoglicemiantes orais (nos casos de resistência grave à insulina), estimulantes da menstruação, acompanhamento da infertilidade, cosméticos conta a acne e terapias para o controle do estresse e ansiedade.

Segundo o Projeto Diretrizes da AMB, a perda de peso resultante das mudanças no estilo de vida “favorecerá a queda dos androgênios circulantes, melhorando o perfil lipídico e diminuindo a resistência periférica à insulina; dessa forma, contribuirá para o decréscimo no risco de aterosclerose, diabetes e regularização da função ovulatória. A prescrição de contraceptivos hormonais orais de baixa dose, por sua vez, propiciará o controle da irregularidade menstrual e redução do risco de câncer endometrial”

Apesar de ser comum, a Síndrome dos Ovários Policísticos manifesta-se de diferentes formas nas mulheres e, por este motivo, seu tratamento deve ser individualizado. Até o momento não foi descoberta a cura para a SOP, entretanto, com o controle dos sintomas, é possível prevenir os problemas associados. Em casos de suspeita de SOP, procure o seu endocrinologista.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Confusões no diagnóstico do câncer de tireoide

O câncer de tireoide é o câncer endócrino mais comum, mas é raro quando comparado a outros tumores malignos. Acomete 1,5 a 15/ 100.000 indivíduos ao ano e é mais comum em mulheres (aproximadamente 3 mulheres para cada homem).

Existem 4 tipos diferentes de câncer de tireoide: papilífero (55-70%), folicular (15-30%), medular (3-10%) e anaplásico (1-3%).

Quando um paciente é submetido a uma punção diagnóstica de um nódulo de tireoide (PAAF - punção aspirativa por agulha fina), vários resultados podem surgir, determinando a conduta a seguir:

1) nódulo maligno: o resultado do exame descreve carcinoma papilífero, carcinoma medular ou carcinoma anaplásico e a conduta é sempre a cirurgia

2) nódulo benigno: pode ser um bócio colóide, um adenoma, um cisto colóide, condições benignas que, geralmente, não exigem cirurgia, apenas acompanhamento com ultrassonografias periódicas

3) punção não diagnóstica: nesse caso, a punção não conseguiu coletar material suficiente para análise das células; pode ocorrer em casos de nódulos com muito líquido e poucas células (cisto) ou por erro do examinador. É necessário repetir o exame

4) diagnóstico indeterminado: algumas vezes, a análise de células não permite definir, exatamente, se as células são de um nódulo benigno ou maligno. Isso pode ocorrer, por exemplo, no caso do carcinoma folicular. A lesão folicular maligna tem o mesmo aspecto microscópico da lesão benigna, apenas a análise macroscópica, ou seja, vendo o nódulo por inteiro, pode dar o diagnóstico definitivo. Nesse caso, a conduta é a cirurgia. Durante a cirurgia, é avaliado o nódulo e definido se é ou não um câncer; o cirurgião decide se vai retirar toda a tireoide do paciente na hora.

Portanto, no caso da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, é possível que ela tenha ido para a cirurgia com suspeita de câncer de tireoide e descoberto, no intra-operatório, que o nódulo era benigno.

Para evitar as dificuldades no diagnóstico do nódulo de tireoide, a PAAF deve ser solicitada nos casos bem indicados, e não para qualquer nódulo. E o médico deve estar sempre atento ao laudo da PAAF para tomar a conduta correta.

Para saber mais sobre o câncer de tireoide, leia aqui e aqui

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Ano Novo, vida nova!

Mais um ano começando e todo mundo, mais uma vez, fazendo as promessas de ano novo... Aposto que você incluiu comer melhor e perder peso nas suas resoluções para 2010! E que tal cumprir, dessa vez?? (Veja aqui algumas dicas.)

Cuidar da sua saúde não é tão difícil quanto parece. Basta criar o hábito de comer corretamente e fazer uma atividade física regular. Com isso, além de perder peso, você previne um monte de doenças!
É claro que não é fácil mudar hábitos de uma vida toda, mas, sem o primeiro passo, isso nunca vai mudar.O importante é ter em mente que só você pode mudar isso e que tudo deve ser feito aos poucos.
Cuidado com dietas milagrosas (já falamos sobre isso aqui) !!!

Para te ajudar, aqui vão algumas receitas deliciosas e saudáveis:

Abobrinhas recheadas

Ingredientes

2 abobrinhas grandes
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 cebola picada
3 dentes de alho picados
1/2 kg de carne moída
2 colheres (sopa) de farinha de rosca
1/2 colher (sopa) de curry em pó
1 colher (chá) de canela em pó
1 colher (chá) de noz-moscada
suco de 1 limão
sal e pimenta-do-reino a gosto

 

Modo de Preparo

1. Preaqueça o forno a 180ºC (temperatura média).

2. Sob água corrente, lave as abobrinhas. Com uma faca, retire as pontas das abobrinhas e corte ao meio no sentido do comprimento. Com um boleador ou uma colher de chá, retire o miolo das abobrinhas, deixando uma borda de 0,5 cm na casca. Pique o miolo e reserve.

3. Leve uma panela grande com água ao fogo alto. Quando ferver, junte as abobrinhas e deixe cozinhar por 4 minutos. Retire com uma escumadeira e transfira para uma tigela com água e gelo para cessar o cozimento.

4. Leve uma panela ao fogo médio e coloque o azeite . Quando aquecer, junte a cebola, o alho e misture bem. Refogue por 3 minutos. Coloque a carne, misture e deixe cozinhar por 10 minutos ou até que a carne tenha soltado toda a água. Acrescente a farinha de rosca e todos os outros ingredientes. Misture bem e deixe cozinhar por mais 5 minutos. Desligue o fogo.

5. Retire as abobrinhas da água gelada, seque bem com um pano de prato limpo e recheie com a carne moída cozida.

6. Numa assadeira, coloque as abobrinhas recheadas e leve ao forno para assar por 20 minutos. Retire do forno e sirva a seguir.

 

 

Peito de peru assado

Ingredientes

1 peito de peru de 1 kg
2 xícaras (chá) de vinho branco seco
1 xícara (chá) de água quente
sal e pimenta-do-reino a gosto
óleo de canola para untar

 

Modo de Preparo

1. Preaqueça o forno a 180º C (temperatura media).

2. Tempere o peito de peru com sal e pimenta-do-reino.


3. Unte uma assadeira com óleo. Coloque o peito de peru e regue com o vinho.


4. Leve ao forno para assar por 2 horas.


5. Quando completar 1 hora. Acrescente a água quente à assadeira para não queimar e vire o peito de lado.


6. Quando a carne estiver cozida. Retire a assadeira do forno. Não jogue fora o caldo que ficou na assadeira, ele será utilizado no molho.


7. Deixe o peito de peru esfriar. Retire a capa de gordura que o envolve e corte-o em fatias de 0,5 cm de espessura.

 

Para o molho

Ingredientes

1 1/2 xícara (chá) do caldo que ficou na assadeira
1 colher (sopa) de licor de laranja 


Modo de Preparo

1. Coe o caldo sobre uma panelinha e leve ao fogo baixo. Deixe reduzir por aproximadamente 15 minutos, mexendo de vez em quando.

2. Acrescente o licor e continue mexendo por mais 3 minutos para reduzir mais um pouco. Sirva sobre a ave.