sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Iniciando os Exercícios Físicos



Por Cris Dissat e Diogo Ribeiro

Se você está pensando em começar a se exercitar, seja por vontade própria ou por orientação médica, saiba que um dos pontos mais importantes na hora de escolher a atividade é que você goste do que está fazendo. A lista de vantagens é grande e vai da física à psicológica, e quem começa se sente tão bem que é quase impossível não admitir que a vida dá uma grande virada. Não importa se for uma simples caminhada ou uma partida de basquete, se você é adulto ou criança, o importante é praticar.


Primeiros Passos
Segundo os especialistas da área, as principais melhorias de quem pratica atividades físicas regulares são controle do peso corporal, fortalecimento muscular e redução de dores nas costas, correção postural, aumento da resistência física, além de melhora da circulação sanguínea, função intestinal, vesicular e sexual. Do ponto de vista psicológico, os exercícios têm efeito antidepressivo, pois promovem mais confiança, aumento da autoestima, redução do estado de ansiedade e estresse.

Mas qual deve ser o primeiro passo?
Antes de sair correndo por ai, o primeiro é passar por uma avaliação médica, com exame de rotina que inclua verificação de peso, IMC, pressão arterial, avaliação do histórico familiar de doenças, dosagens de glicemia, colesterol, entre outros. Teste ergométrico e ecocardiograma não são realizados em todos os pacientes, sendo solicitados conforme o risco cardiovascular, idade e histórico familiar. Com base nessas informações, o médico poderá então avaliar e prescrever o tipo de exercício e a intensidade adequada para cada indivíduo.

Mesmo que todos os resultados sejam favoráveis, as atividades devem ser iniciadas com exercícios leves e de preferência aeróbicos. O ideal é começar com caminhada ou natação, com duração de 30 minutos a 1h, sempre tentando manter a frequência cardíaca entre 60% e 70% da frequência máxima. Sempre começar devagar e ir aumentando a duração e frequência do exercício aos poucos. O ideal são 150 minutos por semana, divididos em pelo menos três dias.

É preciso lembrar que o corpo precisa de um tempo para se acostumar a nova rotina, e isso acontece aos poucos. A empolgação inicial é normal, principalmente quando os resultados começam a aparecer, mas realizar a atividades em uma intensidade maior do que a prescrita ou por tempo prolongado pode levar a dores musculares e lesões, obrigando o paciente a interromper os exercícios.

Cuidados Especiais
No caso das pessoas com sobrepeso ou obesidade, os especialistas explicam que os cuidados devem ser redobrados, pois os riscos de lesão aumentam devido à sobrecarga nas articulações. O ideal é começar com exercícios na água, pois diminuem ou anulam o impacto.

Já no caso de pessoas com diabetes, é fundamental manter atenção constante ao nível de glicemia. O risco de hipoglicemia aumenta durante o exercício, principalmente se estiver usando insulina ou comprimidos. É importante ficar atento, também, a hipoglicemia tardia, que acontece horas após a finalização da atividade.

Se para os jovens a prática promove uma série de efeitos benéficos, imaginem quem já está um pouco mais maduro. As pessoas com idade acima de 50 anos ou idosas podem, e devem, se preocupar com isso também. Mas além dos cuidados gerais, é preciso ficar atento e seguir à risca as orientações médicas. Consultas médicas periódicas e respeitar os limites do corpo são dois pontos que se tornam ainda mais importantes entre as pessoas da “melhoridade”.

Pronto, com essas dicas em mente, tênis no pé, uma roupa leve e muita água, você está preparado para deixar o sedentarismo de lado. Agora é só praticar. E por que não aproveitar o ano novo para dar o pontapé inicial?

Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia