sábado, 19 de junho de 2010

Vitamina D

A vitamina D é essencial para a manutenção de uma boa saúde. Essa vitamina é, na verdade, um hormônio produzido pelo próprio organismo, com função principal de regular o metabolismo dos ossos e músculos.

A fonte principal da vitamina D é a produção pela pele, por ação dos raios ultravioletas solares. A exposição diária ao sol, por ao menos 20 minutos, sem protetor solar, consegue manter uma produção adequada da vitamina. Portanto, a produção varia muito durante o ano, sendo muito maior no verão, e depende de fatores como a latitude, cor da pele, idade (pessoas mais idosas não conseguem produzir quantidades adequadas).
Alguns alimentos também contém vitamina D, como sardinha, salmão, óleo de fígado de bacalhau e a gema de ovo. Nos Estados Unidos, é obrigatória a suplementação de vitamina D em vários alimentos, como cereais, sucos e produtos lácteos.

A principal função da vitamina D é melhorar a absorção de cálcio e fósforo no intestino, essenciais para a formação dos ossos e dentes, tanto em crianças quanto adultos. Além disso, a vitamina D é importante para aumentar a força muscular, preservar células produtoras de insulina do pâncreas, prevenindo o diabetes, proteger contra alguns tipos de câncer e ativar o sistema imunológico (sistema de defesa do organismo).

A deficiência da vitamina D é hoje uma epidemia mundial. O uso de filtros solares e a pouca exposição ao sol (a maioria das pessoas está sempre dentro de casa, do escritório, do carro, protegidos do sol pelos vidros) são causa de deficiência mesmo em pessoas jovens e em países tropicais, como o Brasil.
Mas os mais acometidos são os idosos que, além de terem menor produção pela pele, saem menos de casa, muitos ainda acamados ou institucionalizados. Outros pacientes de risco são portadores de doenças renais ou do fígado, que alteram a ativação da vitamina D e, consequentemente, sua ação adequada.

Deficiência de vitamina D pode causar um distúrbio raro, conhecido como raquitismo nas crianças e osteomalácia nos adultos, além de piorar a perda óssea na osteoporose. O raquitismo se manifesta com atraso no fechamento da moleira nos recém-nascidos, desmineralização óssea, pernas tortas e outros sinais relacionados com estrutura óssea. A osteomalácia nos adultos provoca ossos fracos e moles, com maior risco de fraturas. A doença óssea é causada porque não existe uma quantidade suficiente de cálcio e fósforo disponível para manter os ossos saudáveis.
Sempre deve ser feita a dosagem de vitamina D na investigação de fraturas, deformidades ósseas e osteoporose. O exame adequado para verificar a reserva da vitamina no organismo é a dosagem da 25OH vitamina D e o nível considerado seguro é acima de 30ng/mL.

Uma vez diagnosticada a deficiência da vitamina, essa deve ser corrigida. É essencial aumentar a exposição solar e iniciar a reposição farmacológica com colecalciferol, o precursor da forma ativa da vitamina D. Para deficiências mais leves, as doses podem ser mais baixas, como 7.000Ui/semana, mas casos mais graves devem receber uma dose de ataque, como 50.000U/semana por 8 semanas e uma dose de manutenção mais baixa após. O medicamento é facilmente manipulado e, atualmente, pode ser encontrado em farmácias também (com uma concentração menor), sendo administrado em gotas uma vez por semana. Além de diminuir as fraturas, a reposição de vitamina D diminui as quedas entre os idosos.

Não deixe de dosar sua vitamina D!!!

Um comentário:

  1. morando em uma cidade quente demais. e com deficiência de vitamina D. agora tomando medicação para repor.

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